Edgar Müller, o homem que deu nome ao Plenário da Câmara
A Lei Municipal nº 3.536, de 4 de junho de 2004, tem em seu texto uma rua no Parque Residencial da Penha.
Mais especificamente, a Rua 1, batizada com o nome de Edgar Müller. Cachoeirense que nasceu no dia 26 de fevereiro de 1935, Müller era filho de Arnoldo Adolfo Emilio Müller e Otília Schultz Guimarães Müller, irmão de Aldo, Eny e Vera Maria.
O contabilista Edgar Müller teve atuação relevante na vida comunitária cachoeirense, especialmente junto ao Asilo Nossa Senhora Medianeira, de que foi grande benfeitor e presidente. Ainda presidiu o Clube União Familiar, atual SUC, e a Associação dos Contabilistas. Sua atuação ainda teve destaque na função de Ministro da Eucaristia.
Vereador em seis legislaturas, de 1963 a 2000, em duas ocasiões assumiu a presidência da Câmara Municipal: 1986 e 1997. Edgar Müller apresentou e conseguiu a aprovação de diversas leis. Um exemplo foi a que estabeleceu isenção de pagamento de tarifas de transporte urbano para pessoas com mais de 65 anos (1988) e a que institui a Semana do Idoso em Cachoeira do Sul (1989). Além disso, Müller foi secretário municipal de Educação.
Com a esposa Maria Inês Darol Müller, Edgar Müller teve um casal de filhos: Luís Fernando e Maria Otília.
O renomado político faleceu no dia 14 de fevereiro de 2001, pouco antes de completar 66 anos.
Asilo
A trajetória do Asilo da Velhice Nossa Senhora Medianeira está entrelaçada com a história de Edgar Müller. Antes, a boa vontade e luta de dona Rica Carvalho Bernardes foi fundamental na sua figura de integrante ativa na Sociedade Cachoeirense de Auxílio aos Necessitados – SCAN na presidência, a partir de 1946.
Em 1984, a nova diretoria eleita passou a ser presidida por Edgar Müller, que permaneceu até o ano de 2001.
Pai, comerciante pioneiro
Seu pai, Arnoldo Adolpho Emílio Müller, nasceu em Cerro Branco, no dia 31 de agosto de 1899, então distrito de Cachoeira. Era o segundo filho de Otto Müller e de Adela Becker Müller. Ainda jovem, veio morar na cidade, instalando-se com armazém de secos e molhados, na Avenida Brasil, onde atuou até a virada das décadas de 1960-1970. Seu pioneirismo como comerciante no Alto dos Loretos justificou a denominação da rua que fica aos fundos do Moinho Trevisan, cuja placa de identificação indica: “Um dos pioneiros do nosso comércio”.
O pai do homem que daria nome ao Plenário da Câmara de Vereadores gostava de jogar bolão, integrando grupos na Sociedade Rio Branco e no Clube União Familiar (SUC), onde foi presidente.
Politicamente, foi simpatizante do Partido Libertador – PL, Partido Social Democrático – PSD, depois ARENA, mas não se candidatou a cargos políticos. Diferente de seus filhos, Aldo e Edgar Müller.
Arnoldo Adolpho Emílio Müller faleceu aos 78 anos, no dia 24 de agosto de 1978.