A Secretaria Municipal da Saúde (Rua Coronel João Leitão, 1055) sedia nesta sexta-feira, o Seminário pelo Mês do Orgulho LGBTQIA+ promovido pela Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (Compppir), em parceria com o Ambulatório Vida. O evento, previsto para às 14h, ocorre no salão de eventos do 3º andar e deverá reunir pacientes, profissionais de saúde e demais interessados no tema, sem custo para inscrição.
Mais do que a luta pela diversidade em seu contexto amplo, a Comppir buscou para o evento o apoio da unidade especializada de saúde que trabalha no diagnóstico e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) na rede pública para Cachoeira do Sul e região. “As políticas públicas de saúde são determinantes no esclarecimento e na qualidade de vida também para as pessoas trans e trabalhadoras sexuais, que estamos buscando incluir nesta iniciativa”, explicam os coordenadores do projeto, Palloma Bracho e Lucas Andrade de La Rosa.
Além de sediar o evento, a Secretaria Municipal da Saúde destacou profissionais para palestrar ao público sobre o funcionamento do serviço do Ambulatório Vida e atualizar protocolos dos serviços de saúde do Governo Federal para doenças de condições crônicas e infecções sexualmente transmissíveis. Um dos temas do seminário será a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), que consiste em novo método de prevenção à infecção pela Aids que está disponível no SUS.
PROGRAMAÇÃO
O seminário será aberto pela Coordenadora do Ambulatório Vida, Denise Azevedo Grandini, que abordará as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) numa perspectiva geral. Na sequência, o enfermeiro Mateus Veber Teixeira explanará quanto as políticas do Ministério da Saúde para o uso preventivo de medicamentos antirretrovirais previamente à exposição sexual ao vírus, a fim de reduzir a probabilidade de infecção pelo HIV.
O objetivo da PrEP é proteger o paciente e promover uma vida sexual mais saudável. No encerramento da atividade, a palestrante será a psicóloga Julyelle Conceição, especialista em terapia comportamental e cognitiva, e em sexologia aplicada e terapia sexual.
ENTENDENDO A SIGLA E A CAUSA
Por trás da sigla LGBTQIA+ existe uma história representada por cada uma das letras que a compõe. Embora tenham sua origem ligada a sentidos pejorativos, sabemos que a luta pela diversidade é constante e hoje, mais do que nunca, vem sendo evidenciada uma consciência coletiva em prol da liberdade de expressão. Conheça os termos e celebre as diferenças:
L – Primeira letra da sigla que defende a diversidade, significa lésbicas, mulheres, cis ou trans, que sentem atração afetiva e/ ou sexual por outras mulheres, também cis ou trans.
G – A palavra gay vem de origem inglesa e pode ser interpretada como alegre. Trata-se de um termo para designar homens, sejam cis ou trans, que sentem atração afetiva e/ ou sexual por outros homens, da mesma forma cis ou trans.
B – A bissexualidade diz respeito a pessoas cis ou trans que sentem atração afetiva, sexual ou emocional por mais de um gênero, como uma identidade fluida.
T – O significado de transgêneros tem relação não com a orientação sexual, mas sim com a identidade de gênero, ou seja, diz respeito a forma com que uma pessoa se identifica com feminino ou masculino (independente do gênero atribuído em seu nascimento).
Q – Termo que abriga pessoas que enxergam sua sexualidade e gênero dentro de um espectro vasto de possibilidades e não somente cis/trans e/ou hétero, bi ou homo.
I – Pessoas cujo desenvolvimento sexual corporal não se encaixa na forma binária.
A – A assexualidade é uma orientação como hétero, homo ou bi. A diferença é que não há atração sexual, apenas afetiva.
+ – É o termo coringa que engloba todas as letras da sigla completa LGBTT2QQIAAP, respectivamente se referindo a lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais, 2 Spirits – segundo nativos americanos, trata-se de uma pessoa que nasceu com espíritos masculinos e femininos -, queer, questionado – aqueles que ainda estão se encontrando -, intersexuais, assexuais, aliados – todos que prestam apoio – e pansexuais – atração sexual independente de identidade de gênero ou sexo.