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Hora para fechar na pandemia: “Quem vai pagar nossas contas?”

Crédito: Reprodução

A sessão da Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul contou com um momento de desabafo. E não veio de algum dos parlamentares, mas sim de uma comerciante. Bruna Ribeiro teve um vídeo que gravou reproduzido durante a reunião do Legislativo Municipal na tarde desta segunda-feira (1º). Na gravação, a comerciante do ramo de bebidas em Cachoeira questiona o decreto municipal que regula horário de venda para o seu setor na cidade sob justificativa de enfrentamento contra a pandemia de COVID-19. “Quem vai pagar nossas contas no fim do mês?”, questionou Bruna durante o vídeo publicado também nas redes sociais.

A regra prevê comercialização até 19 horas. As palavras de Bruna criticando o limite repercutiram entre os vereadores. “Que seja até 22 horas. Igualdade a todos os estabelecimentos. Não podemos parar de trabalhar”, apoiou Marcelo Martins (Progressistas), que teve a autorização da comerciante para a reprodução do vídeo durante a sessão. “Entendo que pode existir aglomeração. Mas que se faça a orientação para quem comprar a bebida que vá consumir em casa”, apontou Martis. “Deve se pensar em conjunto alguma forma de ajudar o comércio”, acentuou Itamar Luz (Progressistas).

Já as vereadoras Telda Assis (PT) e Daniela Santos (PL) elogiaram a postura do prefeito de Cachoeira do Sul, Sergio Ghignatti, diante da pandemia. As parlamentares lembraram os decretos e ações que consideraram ser corretas e em tempo adequado para impedir um avanço maior da disseminação do vírus na cidade.

O vereador emedebista, Igor Noronha, indicou a possibilidade de debater mudanças na questão. “Mantendo as normas que colocam Cachoeira do Sul seguindo na bandeira amarela, acredito que é possível discutirmos uma flexibilização”, argumentou. “Daqui dois ou três meses, a coisa vai apertar”, acrescentou Felipe Franja (MDB) ao lembrar do aumento dos níveis de desemprego em função da pandemia em Cachoeira do Sul. Conforme reportagem do Portal OCorreio revelou, em abril, Cachoeira do Sul teve 449 demissões e 100 contratações, ou seja, 349 postos de trabalho extintos na pandemia de COVID-19 no Município em um único mês.

Na sequência, o progressista Luis Paixão avaliou a situação. “O vírus não vai se propagar de dia?”, perguntou o vereador ao comparar regras diferente ao comércio cachoeirense, conforme o segmento. “Foram beneficiados os comerciantes que faturam mais de dia. Já aqueles que ganham mais de noite, ficaram a ver navios”, completou.

Confira o vídeo reproduzido durante a sessão:

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