A Polícia Civil cumpriu, nesta quarta-feira (18), mandados de busca contra suspeitos de sequestrar um dos sócios da Indeal, em abril deste ano. A empresa do Vale do Sinos é investigada por fraude financeira envolvendo moeda virtuais. Conforme reportagem do Portal OCorreio revelou, 253 moradores de Cachoeira do Sul investiram R$ 2,7 milhões na empresa em meados de 2019, quando a denúncia mobilizou a investigação.
Foram identificados na Operação Talião três dos cinco envolvidos. Um deles é policial militar da ativa. O grupo ainda incluiria um investidor financeiro e um familiar dele.
O resgate não chegou a ser pago. Os criminosos exigiram valores em criptomoedas. Na época, o montante girava em torno de R$ 2,8 milhões.
Na operação desta quarta-feira (18), foram apreendidos celulares, notebooks, documentos e arma com registro vencido em buscas realizadas em Canoas, Sapucaia do Sul, Porto Alegre e Campo Bom.
O sócio da Indeal foi sequestrado em Novo Hamburgo no dia 29 de abril. A vítima foi liberada no mesmo dia.
Os sequestradores seriam pessoas lesadas e ligadas aos participantes de pirâmide financeira desarticulada pela Polícia Federal em 2019, na Operação Egypto. O esquema teria lesado em mais de R$ 1,1 bilhão cerca de 23,2 mil clientes.
Lei de talião
A justificativa do nome da operação está no significado da lei de talião, também dita pena de talião, que consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. A perspectiva da lei de talião é o de que uma pessoa que feriu outra pessoa deve ser penalizada em grau semelhante, e a pessoa que infligir tal punição deve ser a parte lesada.