O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, assinou no dia 26 de novembro o primeiro acordo para a redução do teor de açúcar nos alimentos industrializados como iogurtes, achocolatados, sucos em caixinha, refrigerantes, bolos e biscoitos. O acordo voluntário com a indústria de alimentos processados, faz parte do Plano Nacional de Redução do Açúcar em Alimentos Industrializados.
Inicialmente, os fabricantes reduzirão os teores de açúcar até 2021. O modelo de redução de açúcar se espelha em acordo semelhante realizado com a indústria em 2011, para a redução de sódio nos alimentos. No caso do sal, o compromisso foi renovado no ano passado e já envolveu 30 categorias de produtos.
Apesar de o Mistério da Saúde e a indústria terem firmado o acordo, a estratégia é alvo de históricas críticas de associações ligadas à saúde e à alimentação saudável.
O argumento é o de que as metas são tímidas, e em muitos casos os valores determinados são tão altos que indústrias não necessitariam alterar a composição dos seus produtos.
O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) considera a medida importante, aliada a ações como a rotulagem frontal dos alimentos com selo de advertência, tributação de bebidas açucaradas e campanhas de esclarecimento, poderá ser uma estratégia fundamental no enfrentamento do excesso de peso e doenças cônicas decorrentes da má alimentação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de açúcar não ultrapasse 10% das calorias consumidas por dia, o que equivale a 50g/dia (5 colheres de sopa), incluindo o açúcar contido nos alimentos industrializados. Mas no Brasil, o consumo é de 16,3% do total de calorias diárias. Estima-se que mais da metade da população adulta (53,9%) esteja acima do peso, sendo que em 2006 a prevalência era
de 43%. Deste total, 18,9% são obesos, quando em 2006 era 11,4%.
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