A proposta de Orçamento da União para 2025, enviada ao Congresso Nacional na última sexta-feira (30), não inclui reajustes na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). A manutenção da isenção para quem ganha até dois salários mínimos, porém, trará a necessidade de medidas de compensação, como cortes em outras áreas ou aumento de tributos.
O secretário da Receita Federal, Robison Barreirinhas, ressaltou que, para preservar a isenção na faixa de até dois salários mínimos, será preciso implementar ajustes fiscais. “Não há previsão no Orçamento para o reajuste. Manter a isenção exigirá medidas compensatórias”, afirmou Barreirinhas durante uma coletiva de imprensa.
Atualmente, trabalhadores com carteira assinada que recebem até R$ 2.824,00 estão isentos do Imposto de Renda, embora o limite oficial da alíquota zero seja de R$ 2.259,20. A diferença é ajustada por um desconto simplificado de R$ 564,80, que é opcional e aplicável para aqueles que não possuem deduções mais vantajosas, como gastos com dependentes, pensão alimentícia, educação e saúde.
COMO FICARÃO AS ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA EM 2025
As alíquotas para os demais rendimentos permanecem inalteradas: de R$ 2.259,21 a R$ 2.826,65, a tributação é de 7,5%; de R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05, a alíquota é de 15%; de R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68, o imposto é de 22,5%; e para rendimentos acima de R$ 4.664,68, a alíquota é de 27,5%.
Com a proposta, o governo pretende equilibrar a manutenção dos benefícios fiscais com a necessidade de ajustes orçamentários, em meio a um cenário de desafios econômicos.