Filme brasileiro ganha prêmio da Anistia Internacional em Berlim

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Filme brasileiro ganha prêmio da Anistia Internacional em Berlim
Cinema
17 de fevereiro de 2019 - filmebr1

“Espero Tua (Re)Volta”, de Eliza Capai, retrata ocupações estudantis de 2015 em São Paulo / Foto: Reprodução

A brasileira Eliza Capai foi uma das primeiras laureadas do Festival de Cinema de Berlim deste ano ao conquistar o prêmio da Anistia Internacional, por seu longa “Espero Tua (Re)Volta”, exibido na mostra Generation do vento. O filme retrata as ocupações de estudantes de 2015, quando garotos e garotas ingressaram em escolas de São Paulo para exigir melhores na educação. “Fazer o filme foi difícil, mas nem nos piores pesadelos eu poderia imaginar que o filme ficaria pronto em condições tão adversas. É uma honra estar aqui e protestar, para mundo, contra o governo homofóbico, racista e contra as mulheres que se instalou no País”, afirmou a diretora no fim da cerimônia.

Outro prêmio decisivo foi o do júri ecumênico, que foi para “Deus Existe, Seu Nome É Petrunya”, de Teona Strugar Mitveska, da Macedônia.

A filial alemã da Anistia Internacional apresentou o Prêmio Anistia Internacional de Cinema pela primeira em 2005. O ganhador leva para casa cinco mil euros. O objetivo é chamar a atenção do público e dos representantes da indústria cinematográfica para o tema dos direitos humanos e incentivar os cineastas a abordar este tema. Neste ano, júri foi formado por Pegah Ferydoni, Feo Aladag e Markus Beeko.

Durante o anúncio, o diretor da Berlinale, que assina sua última seleção, fez um comunicado sobre a morte do ator suíço Bruno Ganz. “Durante quase todo o festival o céu sobre Berlim tem estado encoberto, mas hoje amanheceu límpido, com esse azul sem nuvens. É como se o céu quisesse facilitar a subida de um amigo, meu e do festival, que morreu, mas eu espero que já esteja lá em cima. Bruno Ganz foi sempre um amigo da Berlinale, e um grande ator. Está indo levar sua arte para outras dimensões. Ganz atou em “Asas do Desejo”, também conhecido como “O Céu Sobre Berlim,” Wim Wenders, daí a liberdade poética de Kosslick.