15 de fevereiro de 2021 - juliana1

Neste ano atípico ficaremos sem brincar o carnaval. A folia considerada patrimônio imaterial pela UNESCO, na maioria dos calendários dos municípios brasileiros de 2021,  fora facultado a opção de considerá-la feriado ou não. Além de não haver o tradicional feriadão, começando na segunda-feira, sendo terça feriado e o retorno às atividades, na quarta-feira de cinzas, a partir das 12h, nestes dias, para muitas cidades brasileiras é dia normal de trabalho, principalmente nos órgãos públicos. Não rolará a festa do entrudo, nem as características viagens ao litoral, naquele bate e a volta. Os tempos são outros. Acostumemo-nos com as novas tendências durante a pandemia.

Nestes tempos diferentes, o esperado é tirarmos o melhor proveito das situações vivenciadas. Para 2021,  o carnaval é tempo das lives, dos vídeos com senso de humor – alguns duvidosos -,  compartilhados e do BBB 2021. Após a saraivada de mimimi referente ao beijo trocado pelos brothers Lucas e Gilberto, acompanhar o Big Brother Brasil causa tédio. Pode até ter pintado novos climas por lá, mas nenhum bate o beijo mais comentado do Brasil. Fora a hipocrisia e mediocridade costumeiras, quem não gostaria de trocar um beijo daqueles? É. Parece que em 2021, o beijar muito vai dar um tempo.

Na real, neste carnaval, se feriado fosse, gostaria de fazer como a Martha Medeiros,  imergiria no Pampa Profundo. Mas como não posso fazê-lo in loco, o faço através da leitura   inspiradora de sua crônica. Incríveis são os lugares para onde vamos, num simples hábito de ler. Nos parcos dias de férias, talvez o faça.

Mudanças de hábitos nos causam estranhezas, mas nos oportunizam novas sensações. Confesso que a sensação de cumprir as atividades referentes ao trabalho no período carnavalesco causa questionamentos. Mas por outro lado, devido aos atuais protocolos de convivência, pular carnaval e pular onda, também, cabe fazê-los. Bora lá, cumprir com o devido e aguardar as próximas determinações. Bom carnaval atípico à todos e torço para que a sexta-feira santa, no calendário de 2021, seja considerada independentemente da facultação.. E viva as lembranças…”ôh lá, lá ôh, ôhôh, ôhôh…mas quê calor ôhôhôh…”