O tema de hoje tem o objetivo de destacar a campanha “Janeiro Branco” que muitos já devem ter visto em algumas redes sociais. Essa campanha foi crida em 2014 psicólogo mineiro Leonardo Abrahão e seus colaboradores. O mês de janeiro foi escolhido por ser o início do ano, época que estamos mais sensíveis quanto a auto reflexão, e com a “página em branco” do ano ainda por ser escrita, nos dando possibilidades maiores de escrever a nossa história e a história da nossa sociedade. A iniciativa objetiva colocar em evidência na sociedade dois temas: a saúde mental e a saúde emocional, e combater o preconceito relacionado aos transtornos mentais democratizando a informação sobre a saúde mental.
Neste ano, a campanha à sua 8ª edição com o lema “Todo Cuidado Conta”. A ação deste ano busca promover um pacto pela saúde mental em meio à pandemia da covid-19. Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em 2020 constatou ansiedade em 86,5% dos participantes; transtorno de estresse pós-traumático em 45,5% e depressão grave em 16% dos entrevistados.
Mas muito mais que falar sobre as principais doenças mentais e suas características, a ideia é que possamos pensar sobre o próprio conceito de saúde mental, de forma ampliada e não somente no campo individual, mas especialmente no campo social, pois , do mesmo modo que existem inúmeras outras campanhas que promovem o cuidado em saúde através da prevenção, em saúde mental não precisa ser diferente, entretanto, só conseguimos ver a saúde mental quando ela nos falta ou falta para alguém que gostamos muito, direcionando o cuidado para o tratamento e não para a prevenção. Mas como fazer prevenção em saúde mental? A resposta é individual e coletiva, no campo coletivo, trabalhar em prevenção é incentivar os investimentos em políticas públicas voltadas para essa área, além de promover o incentivo para que empresas privadas façam o mesmo no que se refere a saúde emocional dos seus trabalhadores, desenvolvendo ambientes de trabalho não somente mais seguros para seus trabalhadores, mas também mais acolhedores a questões que envolvem adoecimento psíquico, combatendo comportamentos que envolvam preconceitos de toda espécie, procurando desenvolver um ambiente de trabalho mais colaborativo.
No campo individual também podemos fazer o mesmo, e desta forma, colaborar com uma sociedade mais saudável, sociedade na qual também estamos inseridos. Mas como prevenir adoecimento mental? O que fazemos para prevenir adoecimento neste aspecto da vida? E a resposta não é simples, pois não tem uma fórmula mágica que resolva tudo, com dicas e passo a passo, mas com certeza inicia com a reflexão sobre o assunto e sobre nossa conduta diária. Quando dizemos que alguém não é capaz ou bom o suficiente para fazer algo, estamos contribuindo para adoecimento dessa pessoa, assim como quando criamos rótulos, ou
criticamos sua conduta para outras pessoas, o que popularmente chamamos “fofoca”, estamos dando combustível para o adoecimento mental dessas pessoas, que ao se sentirem julgadas e desprezadas dão início, muitas vezes, a um caminho de adoecimento, onde o fato de não se sentir aceito ou bem quisto pode levar a uma série de adoecimentos.
E por este motivo, deixo com vocês a reflexão sobre o tema, e com a seguinte pergunta como guia: O que eu faço para promover saúde mental nos espaços que vivo?
Vanessa Santos – Psicóloga CRP 07/25298
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