Buscando ser reeleito, Sérgio Ghignatti abre discussão na área financeira da atual Administração Municipal. Dois pontos foram alvos de sua campanha neste sábado (10): o Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor (Faps) e os cofres públicos da Prefeitura. “O Faps nunca vai quebrar, mas a Prefeitura é quem está no seu limite”, admite o atual prefeito. “Algumas reformas precisam ser feitas. É claro, sempre respeitando o direito adquirido dos servidores que já estão no quadro”, completo Ghignatti.
Para o candidato, a responsabilidade vem de governos anteriores ao seu. “Obviamente, precisamos corrigir essa sequência de erros do passado, pois não queremos que no futuro a cidade de Cachoeira vire um novo Estado do Rio Grande do Sul, que parcela salários há anos, porque teve de assumir todo o passivo e o ativo do IPE (Instituto de Previdência do Estado)”, dispara.
De acordo com peças da campanha eleitoral de Ghignatti, “o problema do Faps surgiu em 1994, quando o ex-prefeito Ivo Garske baixou a alíquota de contribuição para apenas 4%, tanto para os servidores quanto a parte patronal da Prefeitura. Antes dessa mudança, as alíquotas do servidor e Prefeitura somavam 31%, e de um dia para o outro passaram a somar 8% apenas”.
Ainda conforme divulgado pelo candidato, o “funcionalismo pagava de 8% a 11%, antes do Faps, e a Prefeitura pagava 20%. Hoje, pagamos cerca de 44%, algo que nenhuma empresa privada suportaria”.
Segundo Ghignatti, os prefeitos do período que antecederam seu mandato fizeram “uma festa” e “os servidores também gostaram porque passaram a contribuir menos. Mas, isso foi uma atitude irresponsável. Criaram uma bola de neve”. “Não existe fórmula mágica como querem outros candidatos. É só blablablá. Temos de sentar todos, os servidores, tanto os novos e os antigos, e buscar apoio do governo federal, para recalcularmos essa dívida e essas alíquotas, bem como implementar as modificações necessárias na legislação, de modo que possamos resguardar de verdade o futuro dos servidores”, considera o prefeito que está no seu oitavo ano no comando do Executivo Municipal, mas ainda tendo a pauta em aberto.