A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite segue nos municípios até 21 de novembro, e mesmo as crianças entre um e cinco anos com o esquema vacinal contra a doença em dia devem receber uma dose extra do imunizante. As menores de um ano devem receber três doses injetáveis aos dois, quatro e seis meses, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
Até a última segunda-feira (9/11), cerca de 174 mil crianças com até cinco anos ainda precisavam receber a vacina para atingir a meta da campanha de 95% de cobertura vacinal. Cerca de 354 mil crianças já receberam a dose, o que representa 67% de cobertura.
De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, “é fundamental buscarmos coberturas vacinais homogêneas para todas as faixas etárias e regiões do Rio Grande do Sul”, explica.
Paralelamente, ocorre a Campanha de Multivacinação, que, por sua vez, busca atualizar a situação vacinal da população até 15 anos de idade. O objetivo é, além de aumentar as coberturas vacinais, diminuir ou controlar a incidência de doenças imunopreveníveis, como sarampo, rubéola, tuberculose, hepatite, tétano, difteria e outras.
Pais e responsáveis devem levar seus filhos até o dia 21 de novembro aos postos de saúde ou clínicas de vacinas para colocar a caderneta de vacinação em dia, ou receber uma dose extra da imunização contra a paralisia infantil. A Campanha Nacional se encerrou em 30 de outubro, mas o governo do Estado prorrogou o prazo em âmbito estadual com intuito de atingir a meta.
Descaso e desinformação
Pesquisa realizada pela Secretaria da Saúde em 2019 mostrou que as principais causas das baixas coberturas vacinais no Estado se devem ao descaso e à desinformação. No levantamento, 59% das pessoas apontaram motivos pessoais para a não vacinação dos filhos, como esquecimento, medo de efeitos colaterais e falta de tempo. Mesmo que, por algum motivo, não tenham vacinado as crianças, mais de 96% disseram acreditar na imunização. Apenas 4% responderam não acreditar na eficácia das doses.
Foi constatado, ainda, que os jovens deixam de vacinar seus filhos com mais frequência por não terem convivido com certas doenças comuns em outras épocas e que desapareceram por algum tempo, mas que hoje retornam com força, como o sarampo.
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