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VITTA – Secretário de Estado, Paulo Morales, morre de câncer de esôfago

Vida&Saúde

Com pesar, o governo do Estado informa que morreu, neste domingo (27), aos 61 anos, o secretário extraordinário da Chefia do Gabinete do Governador, Paulo Morales. Nas últimas semanas, Morales esteve afastado do cargo para tratamento de um câncer de esôfago. O falecimento ocorreu em decorrência de complicações causadas pela doença.

Crédito: Itamar Aguiar/Divulgação

Engenheiro civil pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Morales atuou na iniciativa privada no segmento da construção civil e ocupou diversos cargos públicos ao longo de sua trajetória. Foi Superintendente Administrativo do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep), administrador do Porto de Pelotas, secretário de Qualidade Ambiental e de Obras e Serviços Urbanos e secretário de Planejamento e Gestão do município antes de assumir a chefia do gabinete do governador Eduardo Leite. “Não tenho palavras para descrever a dor que sinto neste momento. O Mosquito (como era conhecido) era, além de um amigo, um incentivador, apoiador e parceiro de valor inestimável. Fica a mais profunda gratidão: muito, muito obrigado, Mosquito”, afirmou o governador.

O governador em exercício, Ranolfo Vieira Júnior, também lamentou a perda de Morales e ressaltou que, além de uma figura humana muito querida no governo, o chefe de gabinete do governador desempenhava um importante papel técnico. “O Paulo Morales sempre foi uma ponte que facilitou muito a relação do gabinete do governador com os secretários e o restante do governo. Era uma pessoa de posições fortes e que prezava por realizar um trabalho técnico de alta qualidade no assessoramento ao governador. A sua perda é irreparável e nos causa profunda consternação”, afirmou.

Paulo Morales era natural de Pelotas e deixa mulher e quatro filhos. Em sua memória, o governo decidiu decretar luto oficial por um dia.

Entenda

No Brasil, o câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) é o sexto mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. É o oitavo mais frequente no mundo e a incidência em homens é cerca de duas vezes maior do que em mulheres.

O tipo de câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos. Outro tipo, o adenocarcinoma, vem aumentando significativamente.

O que aumenta o risco?

Como prevenir?

Sinais e sintomas

Em sua fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta sinais. Porém, com a progressão da doença, podem surgir sintomas tais como dificuldade ou dor ao engolir, dor retroesternal (atrás do osso do meio do peito), dor torácica, sensação de obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda do apetite.

Na maioria das vezes, a dificuldade de engolir (disfagia) já sinaliza doença em estado avançado. A disfagia progride de alimentos sólidos até pastosos e líquidos. A perda de peso pode chegar a até 10% do peso corporal.

Detecção precoce

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.

A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de esôfago traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.

Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer é possível em apenas parte dos casos, pois a maioria só apresenta sinais e sintomas em fases mais avançadas da doença. Os sinais e sintomas mais comuns e que devem ser investigados são:

Diagnóstico

É feito por meio da endoscopia digestiva, um exame que investiga o interior do tubo digestivo e que permite a realização de biópsias para confirmação do diagnóstico. Quando o tumor é detectado precocemente, as chances de cura aumentam muito.

Tratamento

De forma geral, o tratamento pode ser feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinada, de acordo com o estágio da doença e das condições clínicas do paciente. Casos selecionados de tumores iniciais podem ser tratados por ressecção local durante a endoscopia, sem a necessidade de procedimento cirúrgico formal.

Nos casos onde o objetivo é a cura, os pacientes são inicialmente submetidos a um tratamento combinado com quimioterapia e radioterapia, e posteriormente é feita a cirurgia. Para os tumores muito avançados ou no caso de pacientes muito debilitados, o tratamento tem caráter paliativo (sem finalidade curativa) e é feito por radioterapia combinada ou não à quimioterapia.

No leque de cuidados paliativos também encontram-se disponíveis as dilatações com endoscopia, colocação de próteses autoexpansivas (para impedir o estreitamento do esôfago) e braquiterapia (radioterapia com sementes radioativas).

Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

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