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Vítima de pirâmide financeira, cachoeirense ganha na Justiça direito a ressarcimento

Pirâmide financeira: cachoeirense que investiu em empresa investigada terá direito a ressarcimento de valor depositado / Foto: Divulgação

Um cachoeirense obteve na Justiça o direito a ressarcimento após ter efetuado depósito em dinheiro no âmbito de um esquema classificado pelas autoridades como pirâmide financeira. Na ação movida contra a empresa Indeal, de Novo Hamburgo, o morador de Cachoeira do Sul afirmou no processo judicial ter investido R$ 15 mil. O valor foi depositado em dezembro de 2018.

O homem tentou retirar os valores no primeiro semestre do ano passado, após ficar sabendo da deflagração da Operação Egypto, pela Polícia Federal. Na época, as autoridades ainda iniciavam a investigação da empresa Indeal por apropriação indébita.

Em decisão proferida na última terça-feira (1º), o juiz Daniel André Köhler Berthold decidiu que a vítima tem direito a receber o total investido, incluindo os valores sacados. Berthold é juiz titular da Vara da Fazenda Pública de Cachoeira do Sul.

O magistrado negou o pagamento dos rendimentos do investimento. No entanto, não deixou de dar o direito de ressarcimento total mesmo que a vítima já tenha feito retiradas.

DANOS MORAIS

Além disso, a decisão concede o direito a recebimento de R$ 8 mil em danos morais, o que é incomum em casos como esse. Como consequência, o ex-cliente receberá esse valor somados ao total de R$ 15 mil depositados.

Ainda não se sabe se a vítima conseguirá, de fato, reaver a quantia. No entanto, a decisão pode abrir precedente para que outras pessoas consigam o mesmo em outras empresas investigadas na Operação Egypto e ofensivas policiais semelhantes.

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