Vice-governador Ranolfo esteve no campo experimental da Cotrijuc, em Júlio de Castilhos, onde ocorreu o início da semeadura / Crédito: Rodrigo Ziebell / Ascom GVG
O campo experimental da Cooperativa Agropecuária Júlio de Castilhos (Cotrijuc) sediou, nesta quarta-feira, em Júlio de Castilhos, a 11ª edição da Abertura do Plantio da Soja no Rio Grande do Sul, cerimônia que integra o Calendário Oficial de Eventos do Estado. O vice-governador Ranolfo Vieira Júnior participou da solenidade que marcou o início da semeadura da safra 2021/2022 do grão que é hoje a principal commodity gaúcha e nacional. Projeções feitas pela Emater/RS-Ascar apontam que o Rio Grande do Sul poderá colher no atual ciclo 19,9 milhões de toneladas de soja.
“O agro gaúcho coloca o alimento na mesa de mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. No último período, tivemos uma supersafra com mais de 6 milhões de hectares cultivados e 20,6 milhões de toneladas colhidas. Esses números são grandiosos e são magníficos para todos nós, gaúchos. As expectativas para esse plantio, que se inicia oficialmente hoje, são muito positivas e o meu desejo é de que os números previstos se confirmem ou excedam”, disse Ranolfo.
O vice-governador destacou as importantes reformas realizadas pela atual gestão, que contribuem para um cenário positivo atualmente no Estado. “Tivemos dois primeiros anos de governo difíceis, fizemos reformas estruturais, administrativas, previdenciárias, as mais profundas dos Estados brasileiros. Avançamos em privatizações, concessões e hoje nós podemos dizer que temos um programa de investimentos, o Avançar”, acrescentou.
Ranolfo mencionou os recursos anunciados pelo governo do Estado para melhorar a qualidade da logística no Estado, valor quase 10 vezes superior ao que vinha sendo direcionado anualmente à área. “Estamos anunciando investimentos inéditos em todas as áreas, como o R$ 1,3 bilhão em estradas, que impactam diretamente no trabalho dos nossos produtores. Não tenho dúvida que esses investimentos, aliados a força do agro e ao avanço na imunização contra a Covid-19 farão o nosso Estado crescer cada vez mais. Desejo um bom plantio e uma excelente safra”, completou.
Segundo estimativa da Emater, os gaúchos irão semear soja em 6,3 milhões de hectares na atual safra de verão, aumento de 3,62% em relação ao ciclo 2020/2021. Se a área se confirmar, o Estado supera o recorde alcançado na safra anterior, de 6,11 milhões de hectares cultivados. No ciclo passado, a produção da oleaginosa rompeu a barreira das 20 milhões de toneladas, colocando o Rio Grande do Sul como segundo maior produtor do grão no país, atrás apenas de Mato Grosso.
Em termos de valor bruto da produção (VBP), a soja é o produto agropecuário mais importante do Rio Grande do Sul. Na última safra, o VBP gerado pela cultura somouj R$ 55,9 bilhões, respondendo por 60% de todo o valor bruto da agropecuária gaúcha.
Embora a conjuntura de preços e mercado para o produto seja favorável, as regiões produtoras se preocupam com os custos de produção que apresentaram fortes incrementos neste início de temporada. Demonstrativo do custo de produção divulgado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro/RS) mostra que os custos operacionais giram em torno dos R$ 3.340 por hectare, enquanto o custo total deve superar os R$ 5.400 por hectare.
“O RS já é o segundo maior Estado produtor de soja do Brasil e o município de Júlio de Castilhos é o segunda maior em volume no Rio Grande do Sul. Nossa região contribui não só pelo o que ela produz, mas pelo que o Brasil produz através dos agricultores que saem daqui para plantar em outros lugares. Que tenhamos mais uma vez uma safra com mais de 20 milhões de toneladas”, afirmou o presidente da Cotrijuc, Caio Vianna.