A sessão da Câmara de Vereadores desta segunda-feira (10) teve uma pauta polêmica que motivou o vereador do PSDB, Itamar Luz, a fazer uma sugestão: criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as tratativas em torno do Estacionamento Rotativo Pago em Cachoeira do Sul. Conforme o tucano citou, o procedimento poderia estar comprometido. “O Grupo Vieira da Cunha (Cachoeira do Sul) abriu uma empresa de estacionamento em abril. Estranhamente, mandam esse projeto agora no fim de ano para a gente aprovar”, detalhou Luz ao destacar informação que teve acesso sobre a abertura de empresa que poderia ser indicada para gerenciar o serviço na cidade, conforme o vereador. “Sempre soube que tinha algo errado! Estou envergonhado com o nosso prefeito. Tentaram armar por trás das cortinas. Pensam que somos bobos!”, acrescentou.
Luz seguiu com a sugestão de implantar a CPI e averiguar o caso para esclarecer se haveria direcionamento ou indícios de outras irregularidades no processo de definição da empresa vencedora. “É fácil resolver isso! Nós 15 votamos contra! Largar para ele (prefeito) esse abacaxi! Estou envergonhado”, comentou o vereador do PTB, Valdocir Marques. “Dou um caixão de graça para cada um que votar contra! Quem votar a favor não se elege mais!”, finalizou.
Parquímetro
O vereador do PSDB ainda destacou o montante de R$ 400 mil que seria reservado para a aquisição de parquímetro. De acordo com Luz, o melhor destino do valor seria a compra de remédios para as unidades de Saúde. A comissão de Finanças da Câmara avalia a ideia. Luz ainda rememorou a questão do Diário Oficial Eletrônico já implantado pelo Legislativo Municipal e que ainda tem resistência da Prefeitura, segundo o vereador. A consequência – ainda de acordo com o parlamentar – é um gasto superior a R$ 550 mil apenas em 2018 dos cofres públicos municipais sem necessidade, consumindo os impostos pagos pela população.
Contran
O presidente do Conselho Municipal do Trânsito, Hinton De Franceschi, usou a Tribuna Popular da Câmara de Vereadores para alertar sobre o processo. Segundo acentuou, o texto do projeto poderia aparentar que serviria para “empresas íntimas” do prefeito de Cachoeira do Sul. “Fico surpreso das pessoas não terem enxergado isso antes. Era óbvio que tinha algo errado”, reforçou.
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