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Veículos pesados na Ponte do Fandango. Quando?

Pela ponte hoje só é permitida a passagem de veículos leves. Foto: Divulgação. 

Desde a descoberta no final de outubro do ano passado da existência de rachaduras na base de concreto da Ponte do Fandango, sobre o Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul, veículos pesados não podem utilizar a travessia. O Dnit, órgão federal, responsável por pontes e rodovias, reforçou a estrutura que estava com fissura, mas permite pela ponte somente a passagem de veículos leves.

Mas e os pesados? Estes para chegarem ou saírem de Cachoeira do Sul têm que utilizar a Balsa Deus do Jacuí, que faz a travessia entre a Praia Nova e o final da Rua Moron. Esta passagem tem um custo e mobilidade, que preocupa empresas de transporte, produtores rurais e caminhoneiros. Ainda mais que não existe a curto prazo outra solução.

O que existe é o reforço nos pilares da estrutura, que dá acesso ao vão central e a promessa do governo federal de uma nova ponte. O cumprimento desta promessa tende a demorar. Depende da elaboração de um projeto e de recursos disponíveis em orçamento, mas como estamos diante de um ano eleitoral, tudo é possível. A promessa de uma nova estrutura para a Ponte do Fandango foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro ao prefeito José Otávio Germano, durante audiência em Brasília, no dia 22 de novembro, do ano passado.

MOBILIZAÇÃO/PROTESTO

Cachoeira do Sul se mobiliza. Existe a possibilidade da realização de um protesto, inclusive, com o fechamento da Ponte do Fandango. As articulações de lideranças dos caminhoneiros estão em andamento com o objetivo de chamar atenção dos órgãos responsáveis. Ainda mais neste período de safra agrícola, quando aumenta substancialmente o trânsito de caminhões na região. A Ponte do Fandango é uma importante ligação da BR-153 entre a BR-290 e a RST 287.

DNIT

O diretor geral do Dnit, general Antônio Leite dos Santos Filho, já recebeu uma solicitação referente à passagem de veículos pesados na Ponte do Fandango. O documento foi encaminhado pela prefeita em exercício, Angela Schumacher Schuh, após pedido feito por empresários do ramo orizícola de Cachoeira do Sul. O superintendente estadual, Hiratan Pinheiro da Silva, também foi acionado.

De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em torno de 70% das lavouras orizícolas estão ao sul do município e, desta forma, para que a produção chegue aos engenhos, é necessário a passagem pela Ponte do Fandango ou travessia por balsa.

ATENÇÃO

– Com a passagem pela balsa, há aumento significativo no custo de produção para o produtor rural, além de impactar na economia do município.

– A travessia pela balsa torna-se onerosa (R$ 130,00 ida e volta) e também demorada. Desta forma, não é possível a logística de transporte acompanhar a velocidade da colheita no campo.

– O pedido é para que seja autorizado caminhões de até 36 mil toneladas e também o caminhão do Corpo de Bombeiros, que tem sido chamado com frequência para combate a incêndios devido à estiagem e ainda a passagem de micro-ônibus para transporte de pacientes.

MOBILIZAÇÃO

Junto ao ofício foi encaminhado uma manifestação da Câmara de Agronegócio, Comércio, Indústria e Serviços de Cachoeira do Sul (Cacisc), assinado ainda pelo Sindilojas, Sindicato Rural, Simco, Sinmetel, CDL, Ame, ACC, Trevisan Alimentos, Engenho Treichel e Engenho Moraes.

 

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