Vandalismo não dá tréguas e ataca a história de Santa Josefa

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Vandalismo não dá tréguas e ataca a história de Santa Josefa
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18 de setembro de 2019 - DSCN0005

 

 

 

 

 

Carnavalesco Zé Pinto ficou revoltado cm o vandalismo. Fotos: Cacau Moraes

A área onde está situada a capela de Santa Josefa, na Rua Comendador Fontoura, entre as ruas Major Ouriques e Milan Krás, no centro de Cachoeira do Sul, foi invadida por vândalos. Cerca de 80 placas de bronze e metal com mensagens de agradecimento por graças alcançadas foram levadas e outras ficaram danificadas. As placas estavam na parede de um muro e também junto a um santuário perto do túmulo, onde também estão imagens de santos. O interior da capela, que está fechado, escapou dos ladrões.

Ninguém sabe quando aconteceu o vandalismo, mas o ato revoltou pessoas da comunidade, algumas que diariamente levam flores ou acedem velas para a Santa Josefa. Morador do Bairro Barcelos, o carnavalesco Zé Pinto, ficou indignado. “Cometeram um crime e o que mais revolta é que existem compradores para o material levado”, salientou, acrescentando que danificaram a memória de uma escrava  que está na história de Cachoeira do Sul.

Para acessar à capela e ao túmulo, onde placas de mensagens estão ao redor, é preciso cruzar por um portão de ferro. Durante à noite ele é fechado por uma pessoa chamada de zeladora do local, mas durante o dia o acesso é livre.

A HISTÓRIA

Segundo historiadores, Josefa era uma escrava que pertencia a um “rico senhor em Cachoeira do Sul e que vivia perseguindo a jovem em busca de seus amores. Josefa resistira as ameaças de morte que recebia, mas um dia seu patrão começou a bater nela com socos e pontapés e simplesmente mandou abrir uma cova para enterrar a escrava. A ordem foi cumprida e com o passar dos dias começou a verter sangue de seu túmulo. A partir daí, os escravos passaram a acender velas em memória de Josefa”. Com o tempo foi construída uma capela e começaram a ser colocadas de placas por graças alcançadas, assim como muitas flores são renovadas quase que diariamente junto ao seu túmulo.

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