O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Azevedo Velho, concedeu entrevista ao programa Vale Informação – da Rádio Vale FM 99.1, na edição desta sexta–feira (20). Uma manifestação divulgada pela entidade segue repercutindo no segmento.
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Conforme Velho, a Federarroz representa os produtores de arroz do Estado, responsável por aproximadamente 70% do cereal produzido no país. “Incontestável garantidor da segurança alimentar referente ao arroz”, acrescentou ao justificar a posição da entidade contra ações do Governo Federal na orizicultura. “O Brasil chega ao final do ano com estoques de arroz aptos a garantir a segurança alimentar do povo brasileiro. Além disso, encontra-se, em todas as praças consumidoras do país, diversas marcas de arroz sendo ofertadas aos consumidores”, salientou. “Portanto, ficou comprovado o mais absoluto despreparo do Governo Federal ao tentar aplicar cerca de R$ 7 bilhões visando à importação de arroz nos meses de maio e junho, sob o fundamento de que faltaria o cereal”, lembrou.
“Tal fato somente foi impedido graças à irresignação da sociedade civil organizada, apoiada por agentes políticos, pela imprensa profissional do país e, inclusive, pela própria sociedade brasileira”
presidente da Federarroz, Alexandre Velho
Ainda segundo o entrevistado, além das atitudes que julgou “populistas” e que “contribuem para o aumento dos custos de vida do cidadão pela valorização do dólar e juros altos”, o Governo Federal, sob o pretexto de viabilizar Política Agrícola, segue adotando medidas unilaterais. Na avaliação de Velho, ilegais e sem consultas aos fóruns setoriais existentes, além de intervencionistas. “Em franco desprestígio à produção de arroz do Estado, a qual garante o cereal na mesa dos brasileiros há anos”, completou.
“No caso dos Leilões de Contratos de Opção, que deveriam fomentar a ampliação da cultura no país, estão servindo a uma ínfima parcela de produtores, especialmente àqueles com logística extremamente favorável”
presidente da Federarroz, Alexandre Velho
O dirigente da entidade ainda avalia que as medidas revelam “a mais ampla e total dúvida acerca das condições técnicas de alguns agentes federais na condução de uma questão de tamanha relevância ao país”. “A ação mais adequada, visando à segurança alimentar do povo brasileiro, seria apoiar, de fato, os produtores de arroz familiares da Depressão Central do Estado do Rio Grande do Sul, que tiveram suas propriedades devastadas pelas cheias de maio e junho e que não estão obtendo sucesso na efetivação do plantio em decorrência da total falta de apoio do Governo Federal”, reforçou Velho.
