A primeira etapa da campanha de vacinação da febre aftosa, prevista para maio, foi antecipada para o período de 16 de março a 14 de abril de 2020, de acordo com parecer do Ministério da Agricultura. A dose da vacina segue a mesma das etapas anteriores, de 2 ml, quando passou a ser bivalente, permanecendo a proteção contra os vírus tipo A e O (removido tipo C).
“Estamos mobilizados e motivando nossos pecuaristas para que procurem vacinar o rebanho até o fim de março, permitindo às empresas terem gestão adequada de seus estoques e evitando falta da vacina pela procura de última hora”, disse Covatti Filho, secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado.
A expectativa é de que 12,6 milhões de animais sejam imunizados, entre bovinos e bubalinos de todas as idades no Rio Grande do Sul.
Os produtores devem comprar as doses necessárias para a vacinação do seu rebanho em casas agropecuárias credenciadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Após, deverão comprovar a vacinação com a apresentação da nota fiscal até o dia 22 de abril de 2020.
A partir do dia 16 de março, a movimentação de bovídeos só poderá ser realizada mediante vacinação prévia da propriedade, obedecidos os prazos de carência.
A antecipação faz parte da estratégia do Estado para ser declarado pelo ministério como livre de aftosa sem vacinação, a fim de obter, em um segundo momento, o reconhecimento internacional dessa condição pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Até o momento, no Brasil, apenas Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação.
Dados da última campanha
A primeira etapa da vacinação do rebanho contra a aftosa ocorreu em maio de 2019 e envolveu 288.875 propriedades rurais com 12,6 milhões de bovinos e búfalos. Foram imunizados 12,5 milhões de animais, correspondendo a 99% do rebanho, em 279.879 estabelecimentos, que representam 96,89% das propriedades no Estado.
A segunda etapa, que ocorre em novembro, envolveu apenas bovinos e bubalinos na faixa etária de zero a 24 meses.