É realmente incrível, mas a pandemia do coronavírus que se instalou no mundo provocando as mais profundas transformações, mudanças e renovações no comportamento e na rotina diária de toda a humanidade, passou a acontecer em larga escala exatamente no período da Páscoa. A Páscoa, que tem como significado justamente a transformação, a renovação e o renascimento de uma nova vida, representada pela ressurreição de Cristo que foi crucificado em nome do amor, do perdão e da libertação de todos nós.
Sendo assim, torna-se extremamente oportuno encararmos essa pandemia com o mais íntegro e verdadeiro espírito da Páscoa e refletir profundamente sobre quantas mudanças a nossa vida possa estar precisando, quantas limitações necessitamos renunciar definitivamente para renascermos, a partir de agora, para uma realidade muito mais feliz, humanitária e prazerosa envolvendo o maior número de pessoas possível, em que os valores espirituais se sobreponham sempre aos valores materiais, onde possamos, por exemplo, admirar, respeitar e valorizar os outros mais pelo que eles sejam do que pelo que eles possuem, resgatando-se a verdadeira e essencial importância do “ser” em relação ao “ter”.
Que nos esforcemos sempre para encarar a nova vida que já estamos vivendo como o bem mais precioso que alguém pode ter, e que por isso cada momento merece ser tratado com o máximo amor que possamos expressar, por nós e pelos outros, a ponto de não haver espaço para o que consiga nos fazer sofrer ou nos tornar infelizes. Sejamos merecedores do que há de mais feliz nessa vida: a nossa própria felicidade. Por esses e outros motivos, não há dúvida de que acabamos de viver uma Páscoa inesquecível.
O melhor de tudo é que a gente tem opção. A começar por concordar ou não com as afirmações acima.
Ótima semana, queridos leitores e leitoras!
Cleo Boa Nova é publicitário, palestrante, escritor, músico e comunicador, autor do livro “A Nossa Vida é a Gente Quem Cria. Senão Não Seria a Nossa Vida” e autor-intérprete do CD “Paz e Alegria de Viver”.