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Três novos moradores no Zoo

O Zoológico Municipal de Cachoeira do Sul ganhou três novos moradores neste fim de semana. São três pumas. São dois adultos machos, com cerca de 7 anos e uma fêmea ainda bebê, com aproximadamente 45 dias de vida. Conhecidos também como leão baio, suçuarana e onça-parda, os animais vieram de longe. Eles foram enviados do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Goiás.

O coordenador do Zoológico, Alisson Boiynk, explica que eles estavam em um local que foi considerado pequeno para as necessidades dos felinos e por isso o Ibama iniciou a procura por um parceiro que pudesse oferecer aos pumas um local mais adequado. Indicada pelo Ibama, Cachoeira do Sul foi a cidade que atendeu melhor a estes critérios.

A viagem de mais de 2 mil quilômetros foi acompanhada por uma médica veterinária e dois biólogos do Cetas/Goiás, que garantiram a segurança e bem-estar dos animais durante o trajeto. “O Ibama sabia que recentemente havíamos perdido o Buck, que também era um puma e por isso teríamos espaço para recebê-los”, conta Alisson.

Os dois machos já estão no recinto que será sua nova casa. A filhote, que já veio de Goiás com o nome de Maia, ainda está em período de quarentena, no espeço reservado para cuidados especiais por se tratar de um filhote. Ela é órfã e foi encontrada desidratada e em parada respiratória. Por este motivo, ela precisa ficar com cuidados individualizados por mais tempo.

Superintendente adjunto do Ibama/RS reconhece parceria com Zoológico de Cachoeira

O superintendente adjunto do Ibama no Rio Grande do Sul, Paulo Wagner, afirma que o Zoológico de Cachoeira do Sul é um empreendimento parceiros do Ibama em várias ações tanto em Cachoeira quanto na região nas atividades de monitoramento de animais de vida livre, quanto no recebimento de animais para a formação do plantel do Zoológico.

“Estou no Rio Grande do Sul há 10 anos e acompanhei toda a mudança e reestruturação positiva do Zoológico de Cachoeria, com recintos novos e realocações. Sabemos que este esforço não é fácil, pois a Administração Municipal tem seus limites de recursos. Mas, mesmo assim, a coordenação e equipe do Zoo estão de parabéns. Ele não é grande, é municipal, tem limites de espaço por estar dentro da cidade. Mas mesmo assim a administração e especialmente a equipe, técnicos e tratadores encampam a ideia de manter o espaço adequado para visitação e de animais confinados, mas que dê a eles o bem-estar necessário aos animais de cativeiro Eles precisam ter uma estruturação de recintos condizentes com suas necessidades e o Zoo de Cachoeira tem isso” – superintende adjunto do Ibama no Rio Grande do Sul, Paulo Wagner

Wagner frisa ainda que o Ibama está sempre buscando, de acordo com os regramentos e normas federais para os Zoos (que estabelece parâmetros de capacidade), sempre que possível, destinar novos animais para a cidade, pois o plantel vai envelhecendo (o que leva animais a óbito) e também sua constante busca por oferecer melhor estrutura aos animais cativos. “Nossa expectativa é muito boa no sentido de mantermos a parceria, principalmente nas ações de campo, de vida livre. Trabalhamos há alguns anos buscando a soltura de todos os animais quando há condições de reintegração ao seu habitat”, destaca.

Zoo preparado para receber animais silvestres

O prefeito José Otávio Germano destaca que o Zoológico de Cachoeira do Sul apresenta uma estrutura adequada para receber animais silvestres que não têm condições de sobreviver no habitat, por isso está sempre de portas abertas para novos moradores.

“O ideal seria que eles pudessem viver livres na natureza. Mas, quando isso não é mais possível, precisamos oferecer um ambiente agradável, boa alimentação e os cuidados específicos exigidos por cada espécie. E tudo isso temos em nosso zoológico, que é uma grande atração de lazer, mas também de aprendizado, onde as pessoas podem conhecer melhor os bichos e ainda desenvolver o seu senso de preservação” – prefeito José Otávio Germano

Você sabia?

O Zoológico Municipal atua na reintrodução de espécies silvestres ao seu habitat, fazendo a soltura dos animais em local adequado ao seu desenvolvimento. Para isso, um longo processo de preparação ocorre para que ele tenha condições de sobreviver livre na natureza.

Importante

O coordenador e biólogo Alisson Boiynk participa dos trabalhos de campo do Ibama no monitoramento do cervo Axis, em uma área que vai de Cachoeira do Sul, passando pelo sul e fronteira do Estado, já com sucesso no projeto com um significativo aumento da população destes animais.

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