Uma execução característica de quem está envolvido no tráfico de drogas. Assim pode ser resumida a linha de investigação adotada pela Polícia Civil de Cachoeira do Sul para apurar a autoria do assassinato de Alex Sandro dos Santos Pacheco, o Maninho, 35 anos, ocorrido por volta das 14h40min desta quarta-feira (20) na Rua Coronel João Leitão, no Bairro Barcelos.
De acordo com o delegado Rodrigo Marquardt da Silveira, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da cidade, ainda não há suspeitas quanto à autoria, mas a Polícia está em fase de solicitação de perícias. As investigações indicam a participação de pelo menos duas pessoas. (continua abaixo da publicidade)
O autor do tiro estaria no banco traseiro do Ford Ka usado no crime, por isso desceu do lado esquerdo para efetuar o disparo contra Maninho, executado no interior de uma GM Montana ao lado do Ginásio Barãozinho. A vítima se preparava para estacionar a caminhonete na garagem de uma casa. Entre o momento em que o carro para, o disparo efetuado pelo assassino e a fuga, se passaram apenas oito segundos. As identidades do executor e do motorista do Ford Ka são investigadas.
FORD KA USADO NA EXECUÇÃO DE MANINHO FOI ABANDONADO PERTO DO PORTO
No início da noite desta quarta, o veículo Ford Ka usado na execução de Maninho foi encontrado abandonado nas proximidades do porto de Cachoeira do Sul, no Quartel Mestre. A Brigada Militar fazia buscas pela região quando localizou o veículo, que tinha sido roubado em Porto Alegre e estava com placas clonadas.
Quando os policiais militares se aproximaram do carro, notaram cheiro forte de gasolina. Os criminosos chegaram a despejar gasolina no carro, mas desistiram de atear fogo. No interior do veículo, havia uma pistola calibre 9 milímetros. O carro e a arma foram apreendidos e devem passar por perícia nos próximos dias, assim como a caminhonete Montana onde Maninho foi morto. “Estamos solicitando perícias”, explica o delegado Silveira.
MANINHO USAVA TORNOZELEIRA ELETRÔNICA
Técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP) se deslocaram a Cachoeira do Sul no final da tarde desta quarta-feira para fazer levantamentos do local do crime. Uma das primeiras constatações tão logo os trabalhos dos técnicos do IGP se iniciaram foi o fato de que Maninho era apenado e usava tornozeleira eletrônica.
Segundo o delegado, a vítima tinha vários antecedentes, entre eles tráfico, associação para o tráfico, ameaça e tentativa de homicídio. O corpo de Maninho passou por necropsia no Posto Médico Legal para ser liberado para os atos fúnebres.
Morador do Bairro Tibiriçá, Maninho deixa esposa e quatro filhas. O velório está previsto para começar às 14h desta quinta-feira (21) na capela da Funerária Madre Teresa da Rua Ivo Becker. O sepultamento está marcado para as 17h, no Cemitério Municipal de Cachoeira do Sul.