Trabalhadores com carteira assinada já podem migrar dívidas para crédito com juros mais baixos

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Trabalhadores com carteira assinada já podem migrar dívidas para crédito com juros mais baixos
ECONOMIA
16 de maio de 2025 - Dinheiro: portabilidade pode representar vantagens para o trabalhador, como juros mais baixos / Foto: Governo Federal/Divulgação

A partir desta sexta-feira (16), trabalhadores com carteira assinada poderão trocar dívidas mais caras — como empréstimos consignados e crédito direto ao consumidor (CDC) — por opções com juros mais baixos oferecidas pelo programa Crédito do Trabalhador.

A novidade é que agora essa migração pode ser feita entre diferentes instituições financeiras. Antes, a troca só era possível dentro do mesmo banco. Mais de 70 instituições já estão autorizadas a operar o programa, com a possibilidade de realizar a migração diretamente por seus sites e aplicativos. Por enquanto, a funcionalidade ainda não está disponível na Carteira de Trabalho Digital.

Juros menores obrigatórios por 120 dias para os trabalhadores

Criado por medida provisória, o Crédito do Trabalhador oferece taxas significativamente mais baixas do que as do mercado. Enquanto os juros do CDC costumam ficar entre 7% e 8% ao mês, as taxas no novo programa variam em torno de 3%, podendo chegar a 1,6% ao mês em alguns bancos.

Essa redução é obrigatória em caso de troca de dívidas — ao menos até 21 de julho, quando termina o prazo de 120 dias estabelecido pela MP. Se o trabalhador não encontrar condições vantajosas em seu banco atual, pode optar pela portabilidade para outra instituição.

Como funciona a operação

  1. O trabalhador autoriza, pelo app Carteira de Trabalho Digital, o compartilhamento de seus dados com instituições financeiras.

  2. Em até 24 horas, os bancos enviam ofertas com condições de crédito.

  3. O trabalhador escolhe a proposta com os juros mais baixos.

  4. As parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento.

  5. Até 35% da renda mensal pode ser comprometida com o empréstimo.

Como pedir a portabilidade

  • Verifique se o banco de destino opera o Crédito do Trabalhador.

  • Solicite a portabilidade pelo aplicativo ou site da instituição.

  • O novo banco quita a dívida anterior e passa a assumir o crédito com os novos juros e prazos.

O que vem por aí

A partir de 6 de junho, será possível trocar de banco mesmo dentro do próprio programa. Isso significa que dívidas antigas, inclusive as contratadas desde março dentro do Crédito do Trabalhador, poderão ser migradas para outras instituições que ofereçam melhores condições.

Além dos empréstimos consignados e CDCs, o programa também pode ser usado para quitar dívidas do cheque especial ou cartão de crédito. Nestes casos, o trabalhador precisa primeiro renegociar o débito para, depois, contratar o novo crédito com juros menores.

Números do programa

  • Valor total liberado: R$ 10,3 bilhões

  • Valor médio por contrato: R$ 5.383,22

  • Parcelamento médio: 17 vezes

  • Prestação média: R$ 317,20

  • Estados com maior volume de concessões: SP, RJ, MG, RS e PR

  • Instituições financeiras operando: 35 (das mais de 70 habilitadas)

A gestão dos contratos é feita pela Dataprev, com monitoramento do Ministério do Trabalho e Emprego, que acompanha diariamente as taxas e o perfil dos trabalhadores atendidos.

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