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Touro premiado de Cachoeira do Sul chama a atenção de visitantes na ExpoLondrina

Crédito: Ricardo Chicarelli

Crédito: Ricardo Chicarelli

Ele tem 5 anos de idade, pesa mais de 1,3 tonelada e tem “muito charme, que já garantiu, pelo menos, umas cinco namoradas.” É o que diz o proprietário do Hudson, da Fazenda Boa Esperança, de Cachoeira do Sul, um touro da raça limousin que chama a atenção de quem passa pelo Pavilhão Luiz Meneghel, na ExpoLondrina, no Paraná.

O touro veio de Cachoeira do Sul (RS) para tentar o bicampeonato de Grande Campeão da raça, prêmio que Hudson ganhou em sua estreia na feira de 2023. O pecuarista Edgar Lima, mais conhecido como Cacaio, revelou que o touro vem do cruzamento de uma vaca gaúcha, das terras dele, com um limousin da França, de onde a raça é originária. “O Hudson é especial porque ele tem um peso excepcional. Ele já passou de 1,4 tonelada. Além do mais, ele é extremamente dócil e isso é levado em conta num julgamento”, conta Cacaio, que também é presidente da Associação Brasileira de Limousin.

Esta docilidade, associada ao peso surpreendente, foram alguns dos fatores que também garantiram o prêmio de melhor da raça na última Expointer, feira gaúcha. “Em consequência disso, o pavilhão onde o Hudson estava era o mais visitado. Ele estava ainda mais gordo do que aqui. Até o ex-presidente Bolsonaro foi conhecer”, falou Cacaio. A popularidade de Hudson foi comprovada pelo tanto de visitantes que paravam para fotografar e acariciar o touro. “Um bichão bonito e mansinho deste dá dó de virar churrasco, é lindo demais”, disse Alex Custódio, de Assaí.

E, por um bom tempo, o Hudson não deve mesmo virar churrasco. Cacaio pretende ganhar bastante dinheiro com o reprodutor. “Já me ofereceram R$ 100 mil por ele para abate e não topei. Tenho bastante amor nele. Sem dizer que estou faturando com a reprodução”, revelou o pecuarista. O touro recebe nesta sexta-feira (12), a visita de mais um juiz argentino, cujo voto pode levar Hudson ao bicampeonato.

Produção de limousin

De acordo com dados da associação, o rebanho de limousin no país hoje passa de 1 milhão de cabeças. A raça europeia se adaptou facilmente ao clima tropical brasileiro. Rústica, mas de fácil manejo, tem a preferência entre os produtores da região sul. Uma das características que destaca o gado limousin no mercado é a carne mais magra, porém com alto rendimento de corte.

Ex-presidente da Sociedade Rural do Paraná, Luiz Meneghel Neto também está exibindo parte do plantel de limousin na ExpoLondrina. Para ele, é preciso parar com o mito de que o Paraná não tem tradição na criação de gado. “A pecuária moderna brasileira nasceu aqui. Mesmo que não tenhamos números tão expressivos em cabeças hoje, o estado sempre teve e sempre terá excelência na produção de gado. Basta ver a importância da Expo”, concluiu o pecuarista.

 


 

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