Quantas vezes ouvimos, ou quem sabe até dissemos, que “de bem intencionado o inferno tá cheio”, numa clara manifestação de crítica a alguém que teve a boa intenção de favorecer uma determinada situação, uma pessoa, mas que de forma contrária à sua vontade não conseguiu ser bem sucedido, por mais que o quisesse sinceramente.
E quanto aquelas pessoas que conseguiram cumprir na íntegra a sua tarefa de beneficiar algo ou alguém, podemos imaginar que tiveram o mesmo grau de boa intenção das que não alcançaram o que pretendiam.
Pode-se até dizer, porque não, que o sentimento sincero de solidariedade, de parceria e de empenho à causa foram idênticos a todos os envolvidos nos dois exemplos acima, a diferença entre eles estaria somente no desfecho da tarefa, enquanto uns realizaram com sucesso a operação como um todo, outros não completamente.
Se é comum dizer-se que “de bem intencionado o inferno tá cheio”, indicando que o pior lugar que possa existir no nosso imaginário seja o mais adequado às pessoas que, ao quererem realmente fazer algo de bom, fracassaram de alguma forma em seu propósito, é pelo menos injusto para com esses bondosos viventes.
É bom lembrar que também podemos estar nessa mesma situação, ou que já estivemos, tendo a melhor das intenções, fazendo o possível pelo êxito de alguém ou de algo, mas não conseguindo ser bem sucedidos totalmente…
Nesses casos, encaramos de forma igual ou diferente do modo que fazemos em relação aos outros? Enfim, por todos esses motivos aí é que podemos dizer tranquilamente que se de bem intencionado o inferno tá cheio… o céu também.
O melhor de tudo é que a gente tem opção. A começar por concordar ou não com as afirmações acima.
Ótima semana, queridos leitores e leitoras!
Cleo Boa Nova é publicitário, palestrante, escritor, músico e comunicador, autor dos livros “A Nossa Vida é a Gente Quem Cria. Senão Não Seria a Nossa Vida.” e “Viva Feliz o Dia de Hoje. Viva!” e autor-intérprete do CD “Paz e Alegria de Viver”.