Ícone do site Cachoeira do Sul em tempo real

Temporal na Porteira Sete: “Tive que me encolher numa moita de camboim”, relata produtor rural

Temporal na Porteira Sete destruiu galpões, dizimou lavouras e deixou um rastro de prejuízos ainda não calculados / Fotos: Divulgação

 

O produtor rural Ademar Kochenborger, o Pinto, relata momentos de pavor que viveu durante o temporal ocorrido no final da tarde desta terça-feira (21) na Porteira Sete, no interior de Cachoeira do Sul, onde planta arroz e soja. Segundo ele, foram 35 minutos de granizo e vento que dizimaram lavouras e destruíram galpões e outras benfeitorias de propriedades rurais, após a formação de um tornado que até foi registrado em fotografia. Também foram registrados entre 50 e 70 milímetros de chuva em determinados pontos da localidade.

Kochenborger relata que estava recorrendo a lavoura de moto para desligar as bombas de irrigação quando o temporal começou. Como tudo aconteceu muito rápido e não deu tempo de voltar para casa, ele teve de procurar abrigo da maneira como pode para conseguir escapar ileso das pedras de gelo, que aumentavam minuto a minuto. “Me enfiei junto com a moto embaixo de uma moita de camboim”, relatou, ainda perplexo com o que havia acontecido.

O caso considerado mais grave foi de um galpão metálico recém construído que foi arrancado pela força do vento, na propriedade do produtor rural Henrique Sesti. Outras propriedades também tiveram galpões destelhados e plantas totalmente arrasadas, numa faixa que se estendeu por alguns quilômetros, o que pode explicar o fato de algumas propriedades terem sido severamente atingidas pelo temporal, enquanto outras bem próximas não. “No meu caso, não houve prejuízo em estruturas. Até tivemos prejuízo na lavoura, mas não foi tão grande quanto alguns produtores aqui das proximidades”, conta Pinto Kochenborger.

DANOS ESTRUTURAIS E PREJUÍZOS ECONÔMICOS

Um balanço preliminar da Defesa Civil Municipal indica que ocorreram danos em quatro residências, quatro galpões foram destelhados e um galpão ficou destruído. Máquinas, implementos agrícolas e insumos também foram danificados. Uma pessoa foi atingida pelo granizo, mas não necessitou de atendimento médico. Ainda foram afetadas lavouras de soja, arroz e a fruticultura local. Os danos econômicos no agronegócio da região está em fase de levantamento por equipes da Emater e da Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária (Smap), que saíram a campo nesta quarta-feira (22) para contabilizar os prejuízos.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Edson das Neves Júnior, desde o Bar da Ulda até o final da localidade, há registro de propriedades atingidas. Júnior ressalta que as casas danificadas já receberam lona e receberão telhas de amianto da Prefeitura de Cachoeira do Sul.

Outro galpão foi destelhado e maquinário agrícola ficou exposto ao tempo

Sair da versão mobile