O assassinato do taxista Paulo Rogério da Rosa Morales, de 54 anos, foi lembrado em protesto realizado na tarde desta terça-feira (4) por colegas de profissão da vítima. Entre 80 e 100 taxistas de diferentes praças de Cachoeira do Sul uniram-se numa mobilização pacífica que ganhou as principais ruas da cidade, com paradas em frente à Unidade de Pronto Atendimento da zona norte, ponto onde Morales trabalhava, e junto ao portão frontal do Fórum.
Os profissionais do volante protestaram contra a soltura do assassino confesso, Junior Vanderlei Viana, de 19 anos, posto em liberdade pela Justiça no final da tarde desta segunda-feira (3) após passar por audiência de custódia no Fórum. Um dos mais emocionados no protesto foi o taxista João Belmiro. “Não foi só um taxista, foi um ser humano. Quanto vale a vida de um ser humano? Pode ser um taxista, um bancário. Quanto valemos? Não valemos nada. Matou da maneira como matou e saiu solto dois dias depois”, desabafou.
A taxista Elusa Domingues também destacou a sensação de insegurança pela qual passa a categoria dos taxistas, principalmente dos que trabalham à noite e durante as madrugadas. “Nós precisamos de segurança para abrir a porta da nossa casa e sair todos os dias para trabalhar. Precisamos principalmente que os políticos mudem essas leis, que se faça justiça para quem é justo, e não para bandido, para marginal”, disse Elusa, pedindo na sequência uma salva de palmas para a Polícia Civil e Brigada Militar que prenderam os envolvidos no crime ainda no sábado (1º), horas depois que Morales foi morto com um corte de faca no pescoço.
Em depoimentos durante o final de semana e nesta segunda-feira, Viana confessou que agiu a mando de Cesaro Henrique Morinel Brandão, 38 anos, preso pela Polícia ainda no sábado por tráfico de drogas na casa onde reside, no Passo do Moura.
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