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Taxa Selic é mantida em 10,5% ao ano

Taxa Selic: juros básicos da economia mais reduzidos deixam o crédito mais barato e estimulam investimentos / Foto: Arquivo OC

Taxa Selic: juros básicos da economia mais reduzidos deixam o crédito mais barato e estimulam investimentos / Foto: Arquivo OC

O Banco Central (BC) decidiu manter a taxa Selic em 10,5% ao ano, interrompendo uma série de cortes iniciada há quase um ano. A decisão, tomada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom), foi influenciada pela recente alta do dólar e pelas incertezas econômicas globais. Analistas financeiros já esperavam essa medida.

Desde agosto do ano passado, a Selic vinha sendo reduzida, inicialmente em 0,5 ponto percentual por reunião até março, e posteriormente em 0,25 ponto percentual em maio. Contudo, o cenário atual de inflação elevada e expectativas de mercado desancoradas demandou cautela do Copom.

O Copom justificou a manutenção da taxa mencionando o dinamismo inesperado da atividade econômica e do mercado de trabalho, além de uma desinflação mais lenta do que o previsto. O comunicado destacou que o contexto global desafiador e as expectativas de inflação desalinhadas exigem uma política monetária moderada.

SELIC ESTÁ NO MENOR PATAMAR EM MAIS DE DOIS ANOS

A Selic se encontra no menor patamar desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,75% ao ano. Anteriormente, a taxa foi elevada consecutivamente por 12 reuniões entre março de 2021 e agosto de 2022, devido à alta nos preços de alimentos, energia e combustíveis.

A Selic, utilizada para controlar a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), havia sido reduzida para 2% ao ano durante a pandemia para estimular a economia. A inflação de maio foi de 0,46%, impulsionada principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos.

Para 2024, o Conselho Monetário Nacional fixou uma meta de inflação de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O Relatório de Inflação do Banco Central prevê que o IPCA fechará 2024 em 3,5%, embora o mercado projete uma taxa de 3,96%.

A manutenção da Selic em 10,5% busca equilibrar a necessidade de controle da inflação com o estímulo à economia, barateando o crédito e incentivando a produção e o consumo, enquanto mantém cautela frente às incertezas econômicas atuais.

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