O tarifaço que Donald Trump prometeu durante a campanha à Casa Branca começou a valer parcialmente nesta terça-feira (4), com alíquota de 10% sobre mercadorias chinesas que desembarcarem nos Estados Unidos. México e Canadá, que também seriam alvo de taxação de 25%, tiveram o prazo ser postergado em um mês depois de trativas com o governo americano. Apesar do Brasil não estar na lista divulgada por Trump, especialistas já avaliam as consequências ao país e para a economia mundial.
Para ampliar o debate, o programa Vale Informação – da Rádio Vale FM 99.1 – desta terça-feira (4) contou com o consultor da FecomercioSP, André Luiz Sacconato:
Conforme explicou o consultor, a taxação ao México e ao Canadá foram suspensas depois de a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, comprometerem-se a reforçar o controle de suas fronteiras para barrar a passagem de migrantes sem documentação e drogas ilegais para os Estados Unidos.
Já Trump justificou a imposição das tarifas apontando para o suposto papel que os três países desempenham na “epidemia de opióides americana”.
México e Canadá, segundo o presidente dos Estados Unidos, estariam permitindo a entrada de fentanil por suas fronteiras e China seria responsável por enviar a matéria-prima para fabricação da droga.
Na campanha, o republicano antecipou sobre um aumento generalizado das tarifas de importação praticadas pelos Estados Unidos de 10% a 20% para todos os seus parceiros comerciais, de 60% para produtos da China e sobretaxas de mais de 100% em circunstâncias específicas.
As medidas não vieram em dose única, o que criou a expectativa de que poderiam ser implementadas de maneira gradual, ajudando a explicar a queda do dólar nos últimos dias. No entanto, o cenário mudou neste fim de semana, com a confirmação do início da vigência das tarifas.
Os mercados passaram a reagir, com fortalecimento do dólar e quedas expressivas de bolsas de valores pelo mundo.