O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Cachoeira do Sul, Diego Kiefer, reagiu à informação de que aconteceu uma reunião com o deputado Edu Olivera (PDT) no dia 1º de novembro deste ano na sede da entidade. O parlamentar é suspeito de irregularidades na Assembleia Legislativa e em justificativa de diárias, relatouum encontro em Cachoeira no STR com a pauta Frente Parlamentar Autodefesa x Estatuto. Diego disse que não conhece o deputado e nunca houve alguma solicitação de reunião em Cachoeira.
Edu Oliveira é apontado como ter cometido desvios de diárias e ter assessores desempenhando atividades particulares para o político e repasse de parte dos salários dos funcionários. A denúncia é de uma investigação jornalística da RBS e também veiculada neste domingo (23) pelo Fantástico, da TV Globo, em reportagem produzida pela RBS TV.
O curioso, conforme a reportagem, é que o deputado assumiu a cadeira em dezembro de 2016 no lugar de Mário Jardel (na época no PSD), cassado pelo mesmo tipo de crime. Desde então, o gabinete teria se tornado uma estrutura para desviar recursos públicos e atender a interesses pessoais do político. A denúncia foi feita pelo ex-assessor Ewaldo Berni Gonçalves. “Não tinha visto e presenciado nada parecido com isso, de usar toda uma estrutura da Assembleia, usar o dinheiro da população, ser financiado” revela Gonçalves.
A entrevista do ex-assessor foi o ponto de partida da investigação realizada pela RBS TV. Durante várias semanas, a reportagem seguiu a rotina do parlamentar e de vários assessores e descobriu, por exemplo, que o caseiro do sítio de Edu Olivera, em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana, é um funcionário do gabinete. Em novembro, Leonardo Goia recebeu R$ 2,9 mil de salário. Em Santana do Livramento, na Campanha, o responsável por buscar o filho do parlamentar na escola é outro assessor, Orestes Nei Ferrão, que recebe salário de R$ 5 mil. O deputado nega as acusações.