Governador em exercício, Gabriel Souza, afirma que o Estado já trabalha para resolver o impasse fiscal que prejudica a competitividade do produto gaúcho / Foto: Joel Vargas/Ascom GVG
O governador em exercício Gabriel Souza recebeu na manhã desta quarta (10), no Palácio Piratini, dirigentes de entidades ligadas à cadeia produtiva do arroz no Estado. No encontro, foram discutidas ações para incentivar a cultura do cereal e reforçar sua importância econômica para o setor primário gaúcho.
De acordo com os representantes das entidades, o arroz tem perdido competitividade no campo e na indústria. O parque industrial encolheu nos últimos 15 anos e a entrada de outros produtores no mercado regional, como os do Paraguai, por exemplo, tem afetado o acesso do arroz gaúcho até mesmo ao mercado brasileiro. Outro desafio citado é o avanço do cultivo da soja em áreas que, tradicionalmente, produziam arroz.
Na visão do setor, a solução poderia vir de uma ação conjunta do Estado e dos produtores que fosse capaz de melhorar as condições de competição do cereal frente aos produtos estrangeiros. Gabriel Souza disse que boa parte da resolução desse problema pode surgir com a aprovação de uma reforma tributária no Brasil.
“A dificuldade do setor se deve, em especial, à guerra fiscal que vivemos. Estados que não produzem arroz dão incentivos ao cereal. Estamos trabalhando para resolver esse impasse, inclusive há estudos sobre o tema em andamento”, explicou o governador em exercício, adiantando que nas próximas semanas o governo estadual deve apresentar novidades sobre o assunto.
Atualmente, o Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, com 7,7 milhões de toneladas colhidas em 2022. Os principais produtores estão em municípios das regiões Sul e Sudoeste. Entre eles se destacam Uruguaiana, Santa Vitória do Palmar, Itaqui Alegrete, São Borja, Dom Pedrito, Arroio Grande e São Gabriel. Juntos, são responsáveis por 46% da produção gaúcha.
Estiveram presentes ao encontro dirigentes da Federação das Associações de Arrozeiros (Federarroz), do Sindicato da Indústria de Arroz de Pelotas (Sindapel), da Federação das Cooperativas de Arroz (Fearroz) e do Sindicato da Indústria do Arroz (Sindarroz), além do deputado estadual Luciano Silveira.
