Servidores estaduais protestam e vão acampar em frente ao Palácio

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Servidores estaduais protestam e vão acampar em frente ao Palácio
POLÍTICA
15 de outubro de 2019 - profes

 

 

 

Professor Nei Alves de Sena, com outros professores, na luta contra a proposta do governo. Fotos: Divulgação

Os servidores estaduais protestam em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, nesta terça-feira (15) e vão acampar na Praça da Matriz. Pelo menos 10 barracas foram armadas na praça pelo Cpers e pelo Sindicatos dos Servidores públicos do Estado, em repúdio ao pacote do governo, que deve ser enviado à Assembleia até o fim deste mês.

A intenção é permanecer no local para pressionar o governador Eduardo Leite a desistir das modificações previstas. O acampamento foi inaugurado por volta das 11h50min com a distribuição de balões pretos. “É a luta e o luto. É a resistência contra esse projeto do governador”, disse a presidente do Cpers, Helenir Schürer.

A líder sindical definiu as medidas como “desumanas” e disse que, em 33 anos de profissão, nunca testemunhou nada “tão nefasto”. Helenir reafirmou a disposição da categoria à greve. O Cpers não descarta ingressar com uma ação na Justiça.

ATENÇÃO

Contrárias à mudanças previstas nas carreiras do magistério e no quadro funcional do Tribunal de Justiça (TJ), as manifestações são lideradas pelo Cpers-Sindicato e pelo Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado (Sindjus-RS). A mobilização, que também tem apoio de outras categorias.

ALTERAÇÕES

Entre as alterações propostas, o Palácio Piratini planeja reduzir o número de níveis da carreira dos mestres (de seis para cinco) e pagar o piso nacional do magistério como manda a lei. Em contrapartida, propõe a extinção de todos os adicionais por tempo de serviço e a revisão do adicional de difícil acesso. Possíveis alterações na Previdência também preocupam o Cpers, entre elas a cobrança de alíquotas progressivas de contribuição, inclusive dos professores aposentados.