A série “Os Clássicos” – da Editora OCorreio – tem mais um presente aos leitores. Desta vez, destaque para o escritor português Eça de Queirós com “Os Maias”.
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RESUMO
Os Maias é uma das obras mais conhecidas do escritor português Eça de Queirós. O livro foi publicado no Porto em 1888. O romance segue duas linhas de ação: a primeira, em torno dos amores incestuosos de Carlos da maia; a segunda, em torno da vida da alta burguesia lisboeta. A narrativa inicia-se com Pedro da Maia, filho de Afonso da Maia, educado, conforme enfatiza o narrador, de acordo com padrões românticos.
O AUTOR
Eça de Queirós foi um dos mais importantes escritores do realismo português sendo considerado o maior representante da prosa realista da língua portuguesa. Além de escritor, exerceu também a profissão de jornalista e advogado.
José Maria de Eça de Queirós nasceu no dia 25 de novembro de 1845 em Póvoa do Varzim, cidade localizada no norte de Portugal.
Era filho do brasileiro José Maria Teixeira de Queiroz e da portuguesa Carolina Augusta Pereira de Eça.
Passou grande parte de sua infância na cidade de Aveiro aos cuidados de sua avó. Mais tarde, foi morar no Porto a fim de estudar no Colégio Interno da Lapa, no qual se formou em 1861.
Seguiu os passos de seu pai (Magistrado e Par do Reino) e foi estudar Direito na Universidade de Coimbra, graduando-se em 1866.
Chegou a exercer a profissão de advogado e, mais tarde, de jornalista na cidade de Lisboa.
Além disso, entrou para a carreira política sendo nomeado Administrador do Concelho de Leiria (1870); Cônsul de Portugal em Havana (1872); Cônsul de Newcastle e Bristol na Inglaterra (1874); e Cônsul de Portugal em Paris (1888).
Já em Paris, em 1886, casou-se com Emília de Castro Pamplona Resende com quem teve quatro filhos: Alberto, Antônio, Maria e José Maria. Faleceu dia 16 de agosto de 1900 em Paris, aos 59 anos de idade.
Eça de Queirós foi um inovador da prosa realista portuguesa ao criar novas formas de linguagens, neologismos e mudanças na sintaxe.
Recebeu grande influência literária do escritor francês Gustave Flaubert (1821-1880), se afastando dos modelos clássicos.
De maneira geral, suas obras abordam temas simples e do cotidiano, as quais estão permeadas de ironia, humor e, de vez em quando, de pessimismo e crítica social.
Vale lembrar que o início do Realismo em Portugal esteve marcado pela publicação do romance “O Crime do Padre Amaro”, em 1875.
Ao se afastar do idealismo romântico, Eça de Queirós faz uma dura crítica aos valores da burguesia portuguesa e da corrupção da Igreja.
Mais tarde, Eça escreveu diversos romances no qual enfatiza a questão da hipocrisia da burguesia aliada à análise psicológica das personagens.
Um exemplo notório está na sua obra mais conhecida “O Primo Basílio”, publicada em 1878.
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