O Portal OCorreio segue nesta quarta-feira com a série de reportagens sobre o início das atividades da Câmara de Vereadores em 2023 e o trabalho das comissões do Poder Legislativo. Na segunda parte, confira como foi a primeira reunião do ano e como a sessão já mostrava o conjunto de pautas relevantes do período e o impacto dos debates na Casa Legislativa a respeito.
Era 27 de fevereiro. Perto das 14 horas. Acomodados em suas cadeiras conquistadas pelo amplo e democrático processo eleitoral, os vereadores alçados pela população cachoeirense aguardam pelo início oficial dos trabalhos do Legislativo Municipal com a realização da primeira sessão de 2023. Alguns dos parlamentares, mais experientes, encaram com empolgação o desafio, mas controlam a ansiedade. Outros, novatos no papel de representes do povo, esquecem qualquer exercício anterior de simulação para aparentarem calma. Estão ávidos pelo começo da jornada.
A abertura dos trabalhos contou com a Tribuna Popular recheada de pautas que iriam voltar no decorrer do primeiro trimestre: Cultura e autismo. A então titular da pasta de Cultura, Clarisse Torres Almeida, tratou sobre a importância da Secretaria e do impacto de seus assuntos para a comunidade. A outra participante foi a presidente da Associação Municipal dos Autistas, Bruna Azevedo, que explanou a respeito da carteira de identificação do autista.
Os vereadores acompanharam atentos. Anotações e expressões mostravam o interesse dos parlamentares. Conversas com assessores mostravam que ideias a respeito já brotavam e poderiam virar projetos de lei em prol de Cachoeira do Sul nas áreas abordadas.
O presidente da Casa Legislativa, Magaiver Dias, estreava na função e já com um projeto sobre autismo a ser discutido, prevendo validade indeterminada ao laudo médico pericial que atestasse o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down.
Já o presidente anterior, Nelson Azevedo, colocava em pauta um assunto que passaria a ser recorrente no começo das atividades da Câmara: a Ponte do Fandango. A ideia de Azevedo era criar a Frente Parlamentar de Infraestrutura e Transportes para tratar dos seus problemas estruturais além de discutir a duplicação da BR-290.
A vereadora Telda Assis, ícone na representatividade feminina nos debates dentro da Casa Legislativa de Cachoeira do Sul, evidenciou a relevância que a Câmara carimba no tema sobre o autismo. O questionamento, destinado para a Secretaria Municipal de Educação, já buscava saber quais erma os serviços de apoio que as escolas receberiam para atender alunos com deficiências e com TEA.
Ainda sobre a pauta, outro pedido de informações tinha a autoria do vereador Antonio da Saúde, procurando saber mais sobre o programa TEAcolhe.
Já entre as indicações, o presidente da Casa sugeriu a cedência ou doação de mobília e material pedagógico para que a Associação Municipal de Autistas de Cachoeira do Sul pudesse iniciar suas atividades.
O trânsito também mereceu destaque especial dos vereadores na primeira reunião do ano. Placas indicativas e outras melhorias foram sugeridas pelos parlamentares.
Crédito: OC/Reprodução
O desenho das principais pautas começava a ser cristalizado diante dos olhos dos vereadores e do público presente.
Confira a sessão na sua íntegra:
Com tantas áreas a serem contempladas, o alinhamento do trabalho das comissões temáticas mostrou ser fundamental. Confira mais a respeito na terceira reportagem da série, que será veiculada nesta quinta-feira.
