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Sem guarda-vidas, morte ronda o Rio Jacuí em Cachoeira do Sul

Flagrante registrado semana passada mostra banhista se arriscando no meio do Rio Jacuí / Fotos: Luciano Castro/Divulgação

As restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus têm sido ignoradas por banhistas que se arriscam nas águas do Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul. Além de promoverem aglomerações em pontos como a Praia Nova e Praia Velha e, assim, favorecerem o contágio, muitos ignoram os riscos oferecidos pelas águas e não tem sido raros os casos de afogamento que só não evoluíram para fatalidade graças a resgates feitos por pessoas que andam de jet ski.

Só na semana passada, ocorreram três resgates nos pontos do Rio Jacuí onde há maior concentração de pessoas. O bombeiro da reserva Luciano Castro testemunhou momentos de tensão na região da Praia Velha e da Praia Nova. “O pessoal tem se arriscado demais. Não está longe de acontecer uma tragédia”, alerta.

O movimento intenso devido às altas temperaturas, a ausência de salva vidas e a falta de demarcação de segurança em áreas de banho são ingredientes que colocam em risco a vida de quem busca o Rio Jacuí em busca de alívio para o calorão. “Muitos se arriscam a atravessar o rio e acabam sendo salvos pela própria turma do jet ski. Se nada for feito e as coisas continuarem como estão, a tendência é aumentar os afogamentos nesse verão”, lamenta Luciano.

LIXO NO RIO

Além da falta de cuidado com a própria vida, alguns banhistas descuidam também da natureza. Numa ação voluntária, praticantes de jet ski retiraram dezenas de quilos de lixo reciclável deixado por pessoas que visitam as duas margens do Rio Jacuí. Como não há lixeiras e nem contêineres às margens do Rio Jacuí, o aconselhável é que cada pessoa junte o lixo que produzir e descarte quando for embora.

Banhistas têm se concentrado às margens do Rio Jacuí com o calor dos últimos dias

Retirada de lixo das margens do Rio Jacuí tem sido feita com frequência por voluntários

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