Uma das empresas de seguros e previdência privada mais conhecidas do Rio Grande do Sul, a Aplub decretou falência e deve deixar sem atendimento e rendimentos mais de 16 mil segurados gaúchos. Após obter a falência na Justiça, a empresa passou por uma intervenção regulada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia federal responsável por autorizar, controlar e fiscalizar os mercados de seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguros no Brasil.
A falência foi decretada pela juíza Giovana Farenzena, da Vara de Direito Empresarial, Recuperação de Empresas e Falências da Comarca de Porto Alegre. A expectativa é de que, quando o patrimônio da Aplub for liquidado, os segurados recebam parte do dinheiro a que têm direito. Parte desses segurados deverão ter pagamento de benefício interrompido, enquanto outros não recuperarão, pelo menos num curto prazo, o que já investiram na área previdenciária da empresa.
O déficit mensal da Aplub é estimado em R$ 4 milhões, e a falência foi a única maneira encontrada pela empresa para estancar a sangria financeira. O passivo total chega a R$ 698 milhões. Na sentença que decretou a falência, a Justiça apontou a necessidade de venda de imóveis da massa falida para saldar débitos com segurados, ex-funcionários e credores. Foram localizados seis imóveis pertencentes à Aplub: três em Porto Alegre (incluindo a sede), um em Caxias do Sul, um em Canela e outro em Novo Hamburgo.