Os números finais da safra 2018/2019 de arroz mostram que a lavoura, a produção e a produtividade diminuíram em Cachoeira do Sul. O município acompanhou a tendência de diminuição de área do Estado e, além disso, o clima não foi tão favorável durante o período de cultivo.
O último acompanhamento da colheita divulgado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) na última sexta-feira (17) aponta que, com 96,9% da área colhida (24.738 hectares), a produtividade média de Cachoeira está em 7,4 mil quilos por hectare. Na safra anterior (2017/2018), a produtividade foi de 7.743 quilos por hectare.
No entanto, o coordenador regional do Irga, engenheiro agrônomo Pedro Hamann, acredita que os 3,1% (784 hectares) que ainda faltam ser recolhidos devam levar o rendimento médio para pouco mais do que 7,3 mil quilos por hectare, uma redução de quase 6% em comparação à safra passada. “As chuvas dos últimos dias deixaram algumas áreas a serem colhidas debaixo d’água, o que deve causar alguma quebra na produção e na produtividade. Esse atraso na conclusão da colheita deve causar também perda de rendimento de grãos inteiros (qualidade)”, analisa o agrônomo do Irga.
CLIMA, CUSTOS E MERCADO NÃO AJUDAM
O clima, de um modo geral, não colaborou com os arrozeiros na safra 2018/2019. Hamann explica que o mês de janeiro foi radiação solar abaixo da média, o que prejudicou o desenvolvimento vegetativo das lavouras. Além do clima, outro fator que desestimulou os produtores foi o mercado.
“O Rio Grande do Sul teve uma redução de cerca de 90 mil hectares nesta safra. Pesou nessa diminuição de área o custo elevado de produção, com fertilizantes ainda mais caros do que nos anos anteriores. Por outro lado, o preço não acompanhou esta alta no custo”, salienta o agrônomo do Irga.
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