A Rússia afirmou nesta sexta-feira (25) que se oporá às “políticas destrutivas” dos EUA em relação ao regime de Nicolás Maduro na reunião do Conselho de Segurança da ONU que será realizada neste sábado a pedido dos norte-americanos. “Pedidos públicos de golpe de Estado (por parte dos EUA) são conhecidos por todos”, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, durante visita a Rabat, capital do Marrocos.
O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, pressionará os membros do Conselho de Segurança para que reconheçam Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, informou o Departamento de Estado nesta sexta. Os EUA e uma dúzia de países da região reconheceram Guaidó, incluindo Argentina, Brasil e Colômbia. Mas nenhuma das outras cinco potências com poder de veto no Conselho de Segurança (Rússia, França, China e Reino Unido) apoiou formalmente o opositor. Maduro enviará o chanceler Jorge Arreaza.
A Rússia tem sido um dos principais aliados da Venezuela nos últimos 20 anos. A agência Reuters noticiou na quinta-feira que agentes contratadas por Moscou para missões militares secretas se dirigiram nos últimos dias à Venezuela para reforçar a segurança do presidente Maduro, que enfrenta protestos de opositores apoiados pelos EUA, segundo duas pessoas próximas dessas companhias.