O ex-policial reformado, Ronnie Lessa, foi o autor dos tiros que mataram a vereadora Marielle Franco. A informação é resultado da delação premiada do ex-policial militar, Élcio de Queiroz, junto à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Queiroz admitiu ter sido o motorista do carro usado no ataque que resultou na morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Além disso, Élcio revelou que o ex-policial reformado, Ronnie Lessa, foi o responsável pelos disparos.
A confirmação da delação foi anunciada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília, que ressaltou a homologação do depoimento pela Justiça, ocorrida há 20 dias. Élcio encontra-se detido desde 2019 em relação a esse caso.
Outro ponto relevante da delação é a menção ao ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, que foi preso no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (24). Élcio revelou que Suel participaria da emboscada contra a vereadora, porém, acabou sendo substituído por ele.
O ministro Flávio Dino adiantou que a investigação está em um estágio avançado, mas que novas provas foram obtidas e novos desdobramentos estão por vir. É importante lembrar que o caso está federalizado desde fevereiro, o que ampliou a abrangência das investigações.
Esse desdobramento promete trazer mais esclarecimentos sobre esse crime chocante, e a confissão de Élcio de Queiroz pode ser um passo significativo para a justiça no caso Marielle Franco. As autoridades seguem empenhadas em conduzir uma investigação completa e levar à responsabilização de todos os envolvidos nos homicídios. A sociedade aguarda por mais informações e desdobramentos dessa complexa investigação.
Ronnie Lessa e Marille Franco: relembre o caso
Em 14 de março de 2018, o Brasil e o mundo foram chocados pela notícia da morte brutal da vereadora Marielle Franco, uma figura política defensora dos direitos humanos. Sua vida foi ceifada de forma trágica. Ao todo, 13 tiros atingiram o veículo, matando também o motorista Anderson Pedro Gomes.
Marielle Franco, mulher negra, ativista dos direitos humanos e vereadora do Rio de Janeiro, era conhecida por sua atuação na defesa dos mais vulneráveis. Nascida e criada na favela da Maré, ela enfrentou adversidades desde cedo, mas sua história inspiradora a impulsionou a lutar por mudanças significativas em sua comunidade e além.
O crime
No dia de sua morte, Marielle estava a caminho de um evento quando seu carro foi alvejado por tiros, resultando em sua morte instantânea, juntamente com seu motorista, Anderson Gomes. A natureza planejada e a violência do ataque chocaram o país, que clamava por respostas e justiça.
A reação da sociedade
A morte de Marielle gerou uma onda de protestos e manifestações em todo o Brasil e no mundo. Pessoas de diferentes origens e ideologias se uniram para pedir justiça e a identificação dos responsáveis por esse crime hediondo. O caso tomou proporções internacionais, tornando-se um símbolo da luta por direitos humanos e igualdade social.
Ronnie Lessa e a Justiça
A Justiça do Rio de Janeiro determinou que o ex-policial militar Ronnie Lessa e o ex-vereador do Rio de Janeiro Cristiano Girão devem ir a júri popular no caso em que respondem pelo duplo homicídio do ex-policial André Henrique da Silva Souza, – o André “Zóio” – e da namorada dele, Juliana Sales de Oliveira. O crime ocorreu em junho de 2014.
Lessa é apontado como um dos autores dos disparos. Já Girão seria o mandante do crime.
As investigações indicam que André “Zóio” estaria ameaçando a liderança do ex-vereador na milícia atuante na Gardênia Azul, Bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Os réus tiveram a prisão preventiva decretada por este crime no dia 29 de julho de 2021.
Durante as investigações do assassinato de Marielle e de Anderson, a Polícia descobriu novos indícios da atuação de Ronnie Lessa nas mortes de André “Zóio” e de Juliana.