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Reunião da Câmara Setorial da Soja na manhã desta sexta-feira, em formato presencial e virtual, teve como pauta principal a definição das datas de vazio sanitário e do calendário de semeadura, que deve ser encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até 31 de dezembro deste ano.
As datas de 13 de julho a 10 de outubro para o vazio sanitário e de 11 de outubro a 28 de fevereiro para o calendário de semeadura foram aprovadas. De acordo com o diretor do Departamento de Defesa Vegetal (DDV) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rural (Seapdr), Ricardo Felicetti, ocorreram apenas situações pontuais, o que leva a indicar pela permanência do calendário do mesmo período para a safra 2023/2024.
O representante da Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul (Aprosoja), Luís Fuch, apresentou a situação dos municípios da Fronteira Oeste, com solo do tipo 2, mais arenoso, que gostariam de uma antecipação de 10 dias no calendário de semeadura. A Câmara definiu que será apresentado um estudo sobre esta situação para indicação de um possível zoneamento regional, a partir de uma análise de dados de perdas, área plantada, número de municípios e de produtores atingidos.
O extensionista da Emater-RS/Ascar, Elder Dal Prá, apresentou a situação do monitoramento dos esporos que causam a ferrugem da soja. O programa estadual Monitora Ferrugem RS faz um levantamento semanal da situação, relacionando com a questão climática, e registrou desde 24 de outubro um estado de alerta no Rio Grande do Sul. Por isso, destaca Elder, a importância deste acompanhamento pelos produtores.
Na reunião, Dal Prá também apresentou os dados da soja que tem uma estimativa, neste momento, de plantio de 6.568.607 de hectares e uma produtividade estimada de 3.329,64 quilos por hectare. Nas regiões administrativas da Emater de Bagé, Frederico Westphalen, Pelotas, Porto Alegre e Soledade, as condições de umidade do solo e temperatura elevada, propiciaram a germinação e a emergência uniformes. Na de Ijuí, as lavouras apresentaram sintomas de falta de umidade. Em Santa Maria, foi necessário realizar o replantio de algumas lavouras e em Santa Rosa em função das poucas chuvas e as altas temperaturas, há expectativa de que a semeadura seja suspensa.
Na reunião, o atual coordenador Nereo Starlick, da Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (Acergs), foi reconduzido ao cargo por um novo período de dois anos. A próxima reunião deverá acontecer durante a Expodireto.
Participaram da reunião as seguintes entidades: Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul (Aprosoja), Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), Acergs, IBGE, Ocergs, Famurs, Farsul, Ocergs, produtores, Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec) e Seapdr.