Reforma da eclusa do Fandango deve acontecer só em 2021

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Reforma da eclusa do Fandango deve acontecer só em 2021
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23 de janeiro de 2020 - ponte-do-fandango-comportas

 

Barragem do Fandango necessita de reparos. Foto: Dnit/Divulgação

 

A tão esperada reforma da eclusa e das comportas da Barragem Ponte do Fandango, no Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul, que se arrasta há anos, deve ficar para 2021. Apesar da Administração das Hidrovias do Sul (AHSUL) informar que já foi realizado o procedimento para contratação das empresas para elaborar o projeto, que inclui mais três barragens no RS, tudo leva crer que por questões de orçamento da união, nada acontecerá este ano.

O chefe de serviço e logística da AHSUL, Luís Antônio Ribeiro, em entrevista nesta quarta-feira (22) no programa Fandango Notícia, da Rádio Fandango 102.5 FM, afirmou que as empresas têm até seis meses para apresentar o projeto. “Portanto, acreditamos que poderemos ter novidades no segundo semestre com a abertura do edital de licitação para a obra”, salientou.

Para a Barragem do Fandango, em Cachoeira, obra concluída em 1958, foram empenhados R$ 952 mil para fazer o projeto. Já para a Barragem Eclusa Dom Marco, em Rio Pardo, que foi concluída em 1972, foi destinado o valor de R$ 1,18 milhão para o mesmo fim. Foram empenhados R$ 2,3 milhões para a Eclusa de Amarópolis (concluída em 1974) em General Câmara e R$ 1,11 milhão para a Eclusa de Bom Retiro em Bom Retiro do Sul, construída em 1958.

Luís Antônio Ribeiro salientou que as ordens de serviço já foram assinados e no dia 14 deste mês, engenheiros da AHSUL com a equipe técnica das empresas projetistas estiveram em Cachoeira do Sul para realizarem um levantamento da situação da barragem do Fandango. “Com o projeto pronto é preciso também que se verifique de onde sairão os recursos”, observou o chefe de logística da AHSUL. Ele esclareceu que a obra de recuperação envolve os setores elétrico, hidráulico e automoção.

PREOCUPAÇÃO

A AHSUL tem conhecimento da dificuldades enfrentadas pela Corsan na captação de água no Rio Jacuí. Em dezembro, por exemplo, a cidade ficou desabastecida devido ao baixo nível na área do rio onde se encontram os equipamentos. Mais uma vez esta situação foi creditada às comportas da barragem, que não represam adequadamente a água do Jacuí, por estarem necessitando de reparos.

ATENÇÃO

Na realidade, a recuperação das barragens também tem por objetivo impulsionar o transporte hidroviário no Rio Grande do Sul.  No dia 21 de outubro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) publicou edital para elaboração de projetos para recuperação e modernização das quatro barragens eclusas do estado. O investimento chega a R$ 5,5 milhões. O Estado possui 1,2 mil quilômetros de hidrovias sobre o rio Jacuí e Taquari. Desses, 600 quilômetros possuem eclusas que devem ser modernizadas.

IMPORTANTE

Situada na margem esquerda do rio Jacuí, a eclusa de Fandango tem 85 metros de comprimento, 15 metros de largura, e pode atender comboios de até 3 metros de calado. Com capacidade de carga de 4,4 milhões de toneladas por ano, a eclusa está situada dois quilômetros a montante da cidade de Cachoeira do Sul e permite a embarcações transpor um desnível de 4 metros.