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Dívida do Faps: recado ou ameaça aos vereadores sobre parcelamento?

Caiu no colo dos vereadores. O recado do líder do Governo na Câmara, Pedro Jarrão (PDT) foi claro aos colegas parlamentares na sessão da tarde desta segunda-feira (10): sem o parcelamento em 60 vezes da dívida do Fundo de Aposentadoria e Pensão dos Servidores (Faps), os cerca de 1,5 mil servidores poderiam ter o pagamento comprometido. “Entendo que é um projeto polêmico. Mas e preciso olhar com carinho. Sem a aprovação, a Prefeitura vai ficar inviável. Sei que os funcionários que se aposentaram merecem receber, mas temos que pensar nos outros 1,5 mil que estão trabalhando”, considerou o pedetista ao defender a proposta do prefeito de Cachoeira do Sul, Sérgio Ghignatti (PDT).

Líder do Governo repassou recado do prefeito / Foto: OC/Reprodução

Segundo defende Ghignatti, o parcelamento precisa ser em 60 meses e não 24. “A única maneira de ficar em dia é parcelando a dívida. Só assim podemos pagar. E mesmo assim não posso dizer que ano que vem vamos manter em dia. Isso é uma inverdade. Nossa arrecadação está caindo e a folha tem um aumento vegetativo de 6% ao ano. O parcelamento em 60 meses é a única solução no momento”, condicionou Ghignatti. Atualmente, a dívida com o Faps supera a cifra de R$ 19,4 milhões. Em 24 parcelas, cada uma fica em cerca de R$ 800 mil. Já em 60 parcelas, o valor reduz para R$ 320 mil. No entanto, a responsabilidade de pagar passaria a ser do próximo prefeito e não mais de Ghignatti. O atual mandatário seria beneficiado com redução significativa do montante mensal, além de entregar nas mãos do próximo eleito a obrigação em seguir pagando o restante.

Paixão: prefeito é culpado / Foto: OC/Reprodução

Durante o discurso de Jarrão, o progressista Luis Paixão rebateu as considerações. “Tenho muto respeito ao senhor. Mas o colega não pode fechar os olhos. O prefeito está acabando com Cachoeira do Sul. Ele é culpado, sim”, disparou ao comentar sobre o total de juros da dívida do Faps que deixou de ser pago em 2018 e que seria equivalente ao montante usado para adquirir a atual Mercedes utilizada pela Câmara e que gerou polêmica na época da compra no valor aproximado de R$ 155 mil.

Conforme Jarrão, o prefeito estará às 14 horas desta terça-feira (11) para tentar convencer os vereadores sobre a necessidade do parcelamento.

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