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Reajuste da gasolina chega às bombas em Cachoeira

Reajuste da gasolina teve efeito imediato nos postos de combustíveis por causa dos pagamentos com cartão de crédito, afirma a Sulpetro / Foto: Milos Silveira/OC

Reajuste da gasolina teve efeito imediato nos postos de combustíveis por causa dos pagamentos com cartão de crédito, afirma a Sulpetro / Foto: Milos Silveira/OC

O reajuste da gasolina aplicado pela Petrobras às distribuidoras nesta terça-feira (15) chegou diretamente para o consumidor em Cachoeira do Sul nas bombas dos postos de combustíveis. Nesta quarta-feira (16), os consumidores tiveram de pesquisar para encontrar gasolina mais em conta, pois o aumento causou flutuação nos preços e a concorrência movimentou o mercado ao longo do dia.

Até o fim da tarde, um posto pesquisado pela reportagem do Portal OCorreio teve fôlego para fazer frente ao reajuste da gasolina e ainda praticava o preço antigo de R$ 5,22 o litro. A façanha foi do Posto Shell (antigo Posto Arrozão) da Rua Marechal Deodoro, que teve condições de trabalhar com o valor antigo porque ainda tinha estoque de combustível comprado da distribuidora pelo preço antigo.

De modo geral, os postos que tiveram de aplicar o reajuste da gasolina variaram os preços do litro entre R$ 5,55 e R$ 5,72. Por uma questão cultural do mercado de combustíveis em Cachoeira do Sul, que tem se notabilizado como uma das praças mais baratas do Rio Grande do Sul, gerentes de postos consultados pela reportagem acreditam que nos próximos dias a tendência é que ocorra uma leve queda no preço da gasolina em razão dos ajustes dos estabelecimentos nos seus fluxos de caixa.

SULPETRO ATRIBUI APLICAÇÃO IMEDIATA DO REAJUSTE DA GASOLINA A PAGAMENTOS NO CARTÃO DE CRÉDITO

A falta de dinheiro nos caixas dos postos de combustíveis gaúchos é a principal justificativa do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Sulpetro) para a aplicação imediata do reajuste da gasolina ao consumidor. A entidade argumenta que a pouca entrada de recursos em espécie nos estabelecimentos se explica pelos pagamentos com cartão de crédito, feitos por grande parte dos motoristas.

Uso do cartão de crédito nos pagamentos de combustíveis contribuiu para aplicação imediata do reajuste da gasolina, diz Sulpetro / Foto: Arquivo/Ag, Brasil

“NÃO É GANÂNCIA”

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente da Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua, explica que o dinheiro, neste caso, não entra de maneira imediata na conta dos postos, dificultando a compra junto à distribuidora.

“Não é ganância, pode ter certeza, é necessidade. A gente compra gasolina da distribuidora praticamente à vista. Numa exceção, alguém pode pagar dois, três dias depois. Por outro lado, nós vendemos o combustível para quem paga, principalmente, com uso de cartões, convênios. Ou seja, a nossa venda é para receber no futuro. Às vezes, daqui a 40 dias”, explica o dirigente.

Nesta terça-feira, a Petrobras anunciou o aumento de R$ 0,41 no preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras, passando a custar R$ 2,93 por litro. O reajuste entrou em vigor nesta quarta-feira.

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