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Qual resultado da vistoria na Barragem do Capané com a cheia?

Barragem do Capané / Crédito: Ass. Com.

Barragem do Capané / Crédito: Ass. Com.

O Governo do Estado monitora, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema (ONS), a situação das barragens no Rio Grande do Sul.

Os dados mais recentes divulgados apontam que duas estruturas estão em situação de emergência, apresentando risco de rompimento e já com ações de resposta em andamento. O levantamento incluiu a Barragem do Capané, em Cachoeira do Sul.

Barragens monitoradas pela Aneel e ONS

Nível de Emergência – Risco de ruptura iminente, exigindo providências para preservar vidas:

UHE 14 de Julho, em Cotiporã e Bento Gonçalves (situação inalterada desde o rompimento parcial há dois dias)
Nesta manhã, o governo do Estado viabilizou o acesso dos técnicos da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) à barragem, para realização de manobras de manutenção, entre elas a liberação gradual de água para aliviar a tensão do talude – estrutura da barragem que faz a contenção da água.

Segundo a empresa, ao trabalho será lento e gradual para que não haja alteração do nível do rio Taquari-Antas.

Nível de Alerta – Quando as anomalias representam risco à segurança da barragem, exigindo providências para manutenção das condições de segurança:

– UHE Dona Francisca, em Nova Palma
– UHE Bugres – Barragem Divisa, em Canela

Nível de Atenção – Quando as anomalias não comprometem a segurança da barragem no curto prazo, mas exigem monitoramento, controle ou reparo ao decurso do tempo:

– UHE Bugres – Barragem do Blang, em Canela
– UHE Canastra, em Canela
– UHE Monte Claro, em Bento Gonçalves/Veranópolis
– UHE Castro Alves, em Nova Roma do Sul/Nova Pádua
– PCH Furnas do Segredo, em Jaguari

As demais barragens classificadas como “situação de atenção” deixaram a lista divulgada pela Aneel.

Conforme a agência reguladora, todas as usinas da bacia do Rio Uruguai estão preparadas para o aumento das suas afluências ao longo das próximas horas. Não houve recebimento de comunicação de alteração dos níveis de segurança das barragens dessa bacia.

Barragens monitoradas pela Sema

Nível de Emergência:

Barragem de São Miguel, em Bento Gonçalves – início de escorregamento da encosta. Técnicos da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) avaliam a situação.

Nível de Alerta:

– Samuara, em Caxias do Sul
– Dal Bó, em Caxias do Sul
– Capané, em Cachoeira do Sul

A Barragem do Arroio Barracão, em Bento Gonçalves, e a Barragem Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra, tiveram a declaração de emergência encerrada pelos técnicos da Corsan.

O Estado permanece monitorando, com atenção, as barragens de Santa Lúcia, em Putinga; Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em Glorinha; Belo Monte, em Eldorado do Sul; e Filhos de Sepé, em Viamão.

Sobre a Barragem do Capané

Com 13 metros de altura de talude para água represada, a Barragem do Capané, em Cachoeira do Sul, delimita o fim de seus 1,3 mil hectares de área alagada, em um barranco de pedra, argila e terra compactada, que formam uma travessia de 2,3 quilômetros de extensão de taipa,por onde passam veiculos e maquinas.

Em formato trapezoidal, a barreira de contenção tem 10 metros de largura no topo e 100 metros na base, com seis registros.

O dano potencial hipotético, associado do rompimento levaria em conta as famílias posicionadas próximas da barragem. Em um extravasamento, a água chegaria até o Rio Jacuí.

Conforme o Instituto Rio-Grandense do Arroz, autarquia que administra o manancial, há aproximadamente 20 casas entre a barreira de contenção e o Jacuí. Com as chuvas dos últimos dias, o nível da Barragem do Capané atingiu oito metros. Nos últimos tempos, em razão de fissuras constatadas em pontos do maciço, a autarquia delimitou o nível da água em patamares que variavam entre sete e oito metros, o equivalente à metade da capacidade de armazenamento, que são niveis de segurança.

A Barragem do Capané foi inaugurada em 15 de novembro de 1960 e irriga mais de 5 mil hectares de arroz de aproximadamente 50 produtores.


 

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