A Administração Municipal – através da Secretaria da Saúde, demais órgãos e instituições locais mobilizadas pelo Centro de Operações de Emergência (COE) e Comitê de Enfrentamento às Arboviroses – deflagrou roteiros paralelos de ações para o combate do mosquito Aedes aegypti.
Após decretar situação de emergência em saúde pública, o Município recebeu apoio técnico do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS RS), que está na cidade com servidores e veículos equipados para incrementar toda a estrutura destinada à aplicação de produtos biológicos indicados na eliminação dos vetores.
O serviço, que já vinha sendo desenvolvido pela Diretoria das Vigilâncias em Saúde (DVS), ganhou reforço e está cumprindo roteiros estabelecidos conforme o mapa de áreas infectadas (que avalia ainda pontos de bloqueio da doença e notificações dos casos), utilizando a partir de agora a estratégia Ultra Baixo Volume (UBV Pesado) acoplado à veículo.
A técnica consiste na aplicação espacial de inseticida em baixíssimo volume com gotas fragmentadas, a qual é indicada em situações de larga transmissão de arboviroses, como surtos e epidemias, atuando na eliminação das fêmeas adultas do mosquito em áreas de grande extensão.
O método substitui o conhecido fumacê, uma vez que por adotar aplicação UBV a frio, não ocorre a formação de nuvem de fumaça por não haver a queima de óleo mineral no momento da aplicação. “O combate ideal ainda é o focado na eliminação dos criadouros. Quando usamos a nebulização (pulverização em partículas bem menores) a UBV, quer dizer que a estratégia de prevenção não foi suficiente porque a gente está combatendo o mosquito adulto. Contamos com a população para eliminar os pontos de água parada e, com o auxílio dos agentes de combate às endemias, fazer uso de larvicidas para não deixar o mosquito nascer”, avalia a secretária municipal da saúde, Camila Nunes Barreto.
JANELAS E PORTAS ABERTAS DURANTE A AÇÃO
“Orientamos os moradores a manterem janelas e portas abertas para que o inseticida possa entrar nos imóveis. Todos os inseticidas são indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A tecnologia é segura, atende às estratégias preconizadas pelo Ministério da Saúde, e está sendo grande aliada da saúde pública no manejo das áreas mais afetadas e consequente controle da doença”
engenheiro agrônomo da SMS, Eduardo Streb
O método UBV pesado é aplicado por meio de veículos equipados (por isso foram enviados veículos extras pelo CEVS) e atinge áreas de difícil acesso, sendo mais indicado para o controle de surtos e epidemias de dengue, exatamente o cenário enfrentado atualmente pela cidade. O cronograma de atividades da força-tarefa prevê incursões diárias das equipes motorizadas, sempre no início da manhã (a partir das 6 horas) e no fim da tarde (a partir das 17 horas), horários recomendados devido à maior circulação dos insetos.
ONDE ESTÁ OCORRENDO A PULVERIZAÇÃO
Nesta quinta-feira (10), a partir das 17 horas
– Bairro Universitário
– Bairro Eucaliptos
– Parte do Bairro Santa Helena
– Parte do Bairro Tibiriçá, totalizando 35 quarteirões
– Conclusão de áreas no Bairro Ponche Verde, Vila Verde e Loteamento Encosta Verde (24 quarteirões)
Nesta sexta-feira (11), manhã e tarde
– Bairro Medianeira
– Bairro Soares
– Parte do Bairro Santa Helena
– Parte do Bairro Marina
– Parte do Bairro De Franceschi
– Parte do Bairro Rio Branco
– Parte do Bairro Barcelos, totalizando 45 quarteirões
– Conclusão de áreas no Bairro Ponche Verde, Vila Verde e Loteamento Encosta Verde (24 quarteirões)
Pulverização é eficaz comente nas áreas previamente limpas
O alerta é da equipe de técnicos de vigilância em saúde com ênfase no combate às endemias, que acompanha toda a ação de pulverização nas áreas infectadas pelo mosquito junto aos veículos pesados de apoio vindos do CEVS: os produtos biológicos somente terão a eficácia esperada da técnica quando aplicados em superfície que tenha sido previamente limpa.
“O trabalho que eles desenvolvem é complementar às medidas de cuidado que são responsabilidade dos moradores como cortar a vegetação e fazer a manutenção da grama e das plantas, não acumular entulhos nos ambientes externos e eliminar todo o ponto de água parada”
bióloga da SMS, Rosinele Perez
As equipes da Saúde ainda orientam os moradores a facilitarem o acesso do produto durante as ações nos bairros, abrindo portas e janelas dos imóveis, a fim de que a área coberta pela pulverização seja ampliada. São os técnicos do setor de endemias que concentram todo o planejamento das ações e a definição dos roteiros, em conjunto com a bióloga Rosinele e engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal da Saúde, Eduardo Streb.