Conforme a coluna Verbo antecipou, uma reunião agendada entre vereadores e o prefeito de Cachoeira do Sul, Sergio Ghignatti, foi cancelada na manhã desta quarta-feira (29). Os integrantes da Comissão de Educação da Câmara compareceram. No entanto, o chefe do Executivo Municipal não participou. Em pauta, a demissão de monitores e professores demitidos. “Quando alguém assume um cargo público, principalmente representando o povo, devendo cumprir seus compromissos com responsabilidade, imparcialidade e dignidade, nada mais afronta o decoro que a falta do cumprimento de suas atribuições”, desabafou o presidente da comissão de vereadores, Itamar Luz (Progressistas). A denúncia inclui a ausência na reunião previamente agendada por motivos particulares e uso indevido de carro oficial. “O prefeito municipal faltou com o decoro diante da Comissão de Educação, faltando a uma reunião, previamente agendada, para tratar de assuntos particulares. O fato desagradável ainda teve o respaldo da Secretaria de Governo, alegando que o prefeito se encontrava no Hospital de Campanha, sendo que, na realidade, o mesmo foi a uma oficina mecânica, além de utilizar o carro oficial do Município para transporte de pessoas que não fazem parte da administração”, detalhou o parlamentar.
Conforme Luz, as denúncias teriam provas. “Fatos esses que poderão ser comprovados mediante fotos. Atitudes como esta, do Poder Executivo ignorar o Poder Legislativo, já acontecem há tempos dentro deste governo, sem respeito, autoritário e sem ética com os parlamentares”, acrescentou. “Quero pedir desculpas aos professores e monitores demitidos e dizer que tentamos. Seguiremos tentando, de alguma forma, encontrar uma solução para ajudar vocês”, finalizou o vereador em manifestação pública sobre o assunto.
A comissão está formada ainda pelos vereadores Telda Assis (PT) e Felipe Franja (MDB).
A Prefeitura ainda não divulgou sua posição sobre a denúncia.
Saiba mais
Um grupo de monitores de Cachoeira do Sul, que teve seus contratos suspensos pela Prefeitura, entrou com uma representação do Ministério Público (MP) contra a decisão do prefeito. As demissões vieram à tona na última semana, quando os 80 monitores, que passaram por um processo seletivo no mês de janeiro deste ano, foram chamados na Secretaria de Administração. Cada um recebeu um comunicado de que estavam sendo demitidos sob a alegação de que não estavam trabalhando devido ao atual momento de pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), já que as aulas na rede municipal estão suspensas desde o dia 16 de março.