Crédito: Eloisa Uliana
Procurada por um grupo de cachoeirenses apreensivos com a situação de degradação do prédio da Estação Férrea da Ferreira, a vice-prefeita e secretária municipal de Educação, Angela Schuh, coordenou uma reunião nesta quarta-feira para tratar de ações necessárias para o resguardo do prédio.
O movimento comunitário relatou sua preocupação, além da manutenção do prédio, que foi inaugurado em 1885 e atualmente é de propriedade do Município, com a segurança das pessoas que frequentam o local, onde partes do telhado podem cair e causar acidentes.
A Defesa Civil, também presente na reunião, esteve no local e confirmou que o mesmo oferece riscos e sugeriu, como medida emergencial, o isolamento da área para que as pessoas não tenham mais acesso ao interior do prédio. O grupo também decidiu que o espaço será sinalizado com fitas e placa alertando sobre os perigos de frequentar a Estação.
Em um segundo momento, o grupo pretende fazer o isolamento com tapumes e a retirada das telhas e tesouras que correm risco de queda. Para essas ações, a vice-prefeita Angela se comprometeu em solicitar a colaboração do Exército, através de contato com o 3º Batalhão de Engenharia de Combate.
Preocupados com a guarda do material a ser retirado, que tem valor histórico, uma vez que o prédio foi tombado pelo Município em 2009, o grupo também vai procurar alternativas para o abrigo seguro das madeiras.
Também nesta quinta-feira, a Defesa Civil esteve no local com uma equipe técnica – o engenheiro Maurício Anton (Planejamento) e a arquiteta Márcia Heck (Educação) para que seja apresentado um plano de trabalho já na semana que vem. Uma nova reunião do grupo está marcada para a quarta, dia 11, às 14 horas.
Após as ações iniciais – de isolamento e retirada de material por questões de segurança – o grupo quer ir em busca de recursos para a restauração da Estação Férrea da Ferreira, dando vida ao local e devolvendo o mesmo à comunidade.
Um projeto de restauro da Estação foi apresentado em 2019 pelo arquiteto Osni Schroeder, grande defensor do patrimônio histórico, falecido em dezembro de 2020.
O restaurador Antônio Sarasá, responsável pelo restauro do Château D’Eau, também quer colaborar com o movimento, fazendo uma oficina com a comunidade do entorno sobre educação patrimonial.
Grupo de trabalho – A primeira reunião, conduzida pela vice-prefeita Angela Schuh, foi provocada pelo advogado José Pedro Schroeder, filho de Osni, e pelas defensoras do patrimônio histórico, Miriam Ritzel e Marisa Timm Sari (presidente da AMICUS). Também participaram o advogado Rafael Rochembach (Procuradoria Jurídica) e o agente da Defesa Civil, Cristiano Garcia.
Para a próxima reunião, será convidada uma representação da comunidade da Ferreira.
Em contato com o MP – Nesta quinta-feira, integrantes do movimento – Miriam Ritzel, Ione Carlos, José Pedro Schroeder, Elisabeth Thomsen e Eduardo Schroeder – foram recebidos no Ministério Público pelo Promotor de Justiça Dr. Leonardo Giron, oportunidade em que solicitaram apoio do MP nas ações de restauro da Estação Férrea.