A Prefeitura de Cachoeira do Sul resolveu demitir 80 monitores que foram contratados emergencialmente no início do ano. A decisão, comunicada na manhã desta quinta-feira (23) pela Secretaria de Administração, surpreendeu e provocou descontentamento, porque não há pelo menos por enquanto nenhuma certeza se o grupo será chamado quando da retomada das aulas. O prefeito Sergio Ghignatti agrava ainda mais a crise do desemprego no município sob a justificativa de economia, no entanto, há poucos dias foram contratados CCs, conforme relato de servidores da ativa da Prefeitura.
A decisão de demitir os monitores não vale para os 231 professores também contratados emergencialmente. A explicação dada pela secretária de Educação, Ana Margarete Vivian Machado, em entrevista na Rádio Fandango, é de que os monitores não estão “produzindo trabalho”, enquanto que os professores “estão cumprindo normativas de envio de material para os alunos”.
Além disso, conforme alguns monitores demitidos, na Secretaria de Administração foi revelado que no retorno das aulas – ainda sem data definida – serão chamados os “próximos da lista de inscritos”. Esta questão foi negada pela secretária Ana Margarete. “Não existe esta situação até porque precisamos verificar com a Procuradoria Jurídica se poderemos reaproveitar os monitores, que estavam contratados, ou teremos que abrir outro processo seletivo”, afirmou.
Nos bastidores, a informação é de que a decisão tomada pela Prefeitura é para fazer economia, tendo em vista que ocorreu queda nos repasses federais para o município. A secretária de Educação garantiu pagamento dos salários dos monitores do mês de março e abril. Cada monitor foi contratado para uma carga horária de 40 horas com um salário de 1.198,06.