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Prefeito mandou lacrar sala. Mas entraram. Como investigar agora?

Foto: OC/Reprodução

Um dos principais assuntos debatidos na sessão da Câmara de Vereadores girou em torno da denúncia de suposto desvio de materiais entregues pela Receita Federal para a Prefeitura de Cachoeira do Sul. Segundo exposto na discussão, parte já foi retirada do local, mesmo depois da ordem do prefeito em fechar a sala onde estavam os materiais para as apurações julgadas necessárias durante a sindicância aberta. O motivo alegado seria a doação para outras instituições, após o material ficar cerca de três meses parado na sala onde funcionam as secretarias de Educação, Fazenda e Administração. “A sindicância vai apurar o que agora?”, questionou o vereador Itamar Luz, que recebeu a denúncia ainda na semana passada. Juntamente com a também vereadora Telda Assis, os dois averiguaram a situação e compararam listas que tiveram acesso. “Temos que ir adiante. A sala foi violada”, lamentou Telda.

Já o vereador Luis Paixão sugeriu ação por parte do Ministério Público. “Para mim, o que houve foi um crime. É preciso que o Ministério Público faça algo”, indicou.

Luz chegou a ventilar a possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a denúncia. “CPI, nobre colega? Pois perdemos duas grandes oportunidades com os casos do transporte escolar e da balsa que no fim não deram em nada…”, lembrou o vereador Marcelo Martins.

A vereador Daniela Santos estranhou a sala ter sido usada, mesmo após a determinação do prefeito. “Isso é mexer na cena do crime. Ocultação de provas”, enfatizou.

De acordo com novas informações que chegaram ao conhecimento de Luz, foram vistas pessoas entrando com sacolas cheias na sala e que saíram sem o mesmo conteúdo mais. “Vamos até o fim”, garantiu o vereador.

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