Prefeito esclarece aos produtores rurais sobre decreto da estiagem

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Prefeito esclarece aos produtores rurais sobre decreto da estiagem
RURAL
1 de abril de 2025 - Crédito: Ass. Com.

 

O prefeito Leandro Balardin recebeu representantes de entidades ligadas ao agronegócio, produtores rurais e vereadores para novos esclarecimentos a respeito do decreto de emergência da estiagem.

 

A preocupação maior dos produtores é com a questão da securitização da lavoura, que independe da ajuda do Município, uma vez que a negociação das dívidas é feita pelo Governo Federal.

 

Em nível municipal, Cachoeira está em situação de emergência desde o dia 13 de fevereiro, com Decreto válido por 180 dias, podendo ser prorrogado. Tramita, no Congresso Nacional, um projeto de lei de iniciativa do senador gaúcho Luis Carlos Heinze, propondo uma securitização para as dívidas. Pelo projeto, os produtores cachoeirenses estariam atendidos.

 

Segundo o prefeito, todas as famílias que necessitavam de água foram atendidas pela Prefeitura. Além disso, não havia necessidade de requisição de cestas básicas pois há sobra deste material na Secretaria de Desenvolvimento Social. “O decreto de emergência em nível estadual abrange ajuda social e humanitária e não é isso que os produtores precisam, pois não vai ser isso que vai fazer eles pagarem a conta da lavoura com os bancos”, declarou Balardin.

 

A Defesa Civil do Estado esteve representada na reunião pelo tenente-coronel Rafael Gonçalves Pereira, Coordenador Regional da Defesa Civil RS, e pelo Sargento Vagner Guimarães Coelho. Rafael disse que a conduta do município está correta, uma vez que outras cidades decretaram emergência e não estão conseguindo comprovar as perdas humanitárias. Em Cachoeira, não houve registro de mortes ou doenças em decorrência da estiagem, ou morte de animais, nem deslocamento de famílias. O abastecimento de água às famílias, que chegaram a 120 assistidas no auge da estiagem, foi suprido pela Prefeitura. Destas, 69 famílias são abastecidas permanentemente, especialmente na região do Cerro dos Peixotos, onde há problemas com a potabilidade de água.

 

“O laudo da Emater aponta que as perdas na lavoura de soja são significativas, com cerca de R$ 150 milhões de queda da produtividade, mas o decreto do Estado não resolve esse problema que vem se acumulando ano após ano com safras frustradas”, observa Balardin. O prefeito chama atenção ainda para outros problemas decorrentes dessa situação: a perda de arrecadação e o aumento do valor dos seguros de lavouras.